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Matérias / Yvette Vickers

Coelhinha da Playboy e atriz: Há 12 anos, Yvette Vickers tinha fim melancólico

Longe dos tempos gloriosos da fama e beleza, Yvette Vickers foi esquecida literalmente, inclusive após a morte

Wallacy Ferrari Publicado em 24/10/2022, às 16h00

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Yvette Vickers durante gravação - Reprodução/Vídeo/Youtube/ Pre-Code Hollywood Classic Clips
Yvette Vickers durante gravação - Reprodução/Vídeo/Youtube/ Pre-Code Hollywood Classic Clips

Durante a metade do século 20, a febre da indústria cultural norte-americana estava voltada para Hollywood, na Califórnia, na chamada Era de Ouro do cinema. Por lá, diversas estrelas surgiram a cada novo filme, incluindo uma jovem garota loira, que apresentava o sobrenome Vedderna identidade, mas se tornaria nacionalmente conhecida como Yvette Vickers.

Sua primeira aparição nas telonas se deu em 1950, ainda com o sobrenome de batismo, mas foi em 1957 que passou a aderir o nome artístico. No ano seguinte, começou a se destacar como atriz em filmes de baixo orçamento, como ‘O Ataque da Mulher de 15 Metros’, considerado um clássico do ‘cinema B’.

O auge da projeção se deu em junho de 1959, quando ela foi selecionada como Playmate do mês, popularmente conhecido como 'coelhinha', da revista masculina Playboy, recebendo um ensaio na publicação. Se por um lado a aparição a popularizou como ícone de beleza e sensualidade, diminuiu seus papéis no cinema.

Esquecimento

Nas décadas seguintes, conseguiu alguns papéis pequenos e, envelhecendo, acabou caindo no esquecimento midiático, sendo vista apenas em convenções de filmes trash, onde recepcionava fãs em estandes, que relembravam os tempos áureos de sua carreira.

Apesar do destaque momentâneo, Yvette soube administrar os ganhos; antes de ser atriz, chegou a cursar jornalismo na conceituada Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), como informou a CTV News. Não chegou a trabalhar na profissão, mas com os ganhos obtidos com a dramaturgia adquiriu uma casa em Beverly Hills, cidade desejada pelo mercado imobiliário, abrigando outros famosos em luxuosas casas.

O último filme que contou com sua participação foi em 1991, no terror ‘Evil Spirits’. Sua última aparição conhecida se deu em 2010 — e desde então, sequer levantou suspeitas sobre seu paradeiro. Morando sozinha e sem filhos, o isolamento na própria residência não gerou desconfiança nem de vizinhos, pelo menos em seu primeiro ano.

Descoberta chocante

Em maio de 2011, a vizinha Susan Savage decidiu entrar na residência da atriz para verificar se havia alguém, dada a deterioração das paredes e jardim, que tomava a casa sem nenhum cuidado. Além disso, correspondências em sua porta acumulavam a ponto de amarelar, como divulgou a Veja na época.

Com móveis amontoados e acumulando poeira, Savage deu de cara com os restos mortais de Yvette já em estado de  mumificação, dado o longo período de putrefação, possibilitando a conclusão de que ela já estava morta há, pelo menos, um ano. Sem sinais de ter sido vitimada por algum crime, a morte chocou a comunidade local.

Em autópsia divulgada pelo portal Yahoo, um médico legista concluiu que ela faleceu por insuficiência cardíaca devido a uma doença arterial coronariana. Os restos mortais, entregues ao meio-irmão da artista, foram cremados.

O fundador da Playboy, Hugh Hefner, responsável por selecioná-la em 1959, emitiu uma nota manifestando tristeza e indignação pelo óbito solitário, lamentando o esquecimento.