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Matérias / Peixe

Como vive o peixe pré-histórico encontrado em praia dos EUA?

Com constituição "blindada", ele chamou atenção por características únicas ao ser registrado em fotografia rara

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 07/02/2023, às 19h49 - Atualizado em 10/02/2023, às 10h32

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Peixe pré-histórico encontrado nos EUA - Divulgação / Allen Sklar
Peixe pré-histórico encontrado nos EUA - Divulgação / Allen Sklar

Nos últimos dias, um peixe curioso chamou atenção ao ser fotografado por Allen Sklar na Ilha Assateague, no estado norte-americano da Virgínia, como informamos anteriormente.

Sua aparência, pouco usual, apresentava dentes pontiagudos e uma espécie de "blindagem" por toda a parte superior de seu corpo, além de diversos tons acinzentados que remetiam um revestimento metalizado.

O animal em questão era um esturjão-do-atlântico, conhecido pelo nome científico de Acipenser oxyrinchus oxyrinchus, ou seja, sendo um membro da família de peixes Acipenseridae — uma das mais antigas espécies vivas conhecidas no mundo.

Ainda assim, é um animal raro, que entrou na lista de espécies ameaçadas de extinção em 2012, e de difícil visualização na região onde foi encontrado, como corrobora o próprio fotógrafo da descoberta recente: “Este foi o segundo esturjão que vi em 27 anos dirigindo na ilha”, acrescentou.

Do mesmo modo, ele possui um padrão geográfico de aparições, sendo visto por toda a costa leste da América do Norte, como informa o portal FCiências; seu histórico de circulação no Oceano Atlântico abrange desde o topo do Canadá, na fria Nova Brunswick, até a ponta da Flórida, nos Estados Unidos, marcada pelo clima acalorado.

Como vive o esturjão?

O que faz este animal possuir a constituição rígida, semelhante a uma blindagem, se dá pelas filas de escamas, semelhantes aos de outros répteis, formadas com placas ósseas.

Dispostas sobre o caminho da vértebra, elas se desenvolvem até os seis primeiros anos de vida do esturjão, mesmo momento onde eles deixam águas salobras e se deslocam ao oceano.

Falando na idade, eles costumam viver até os 60 anos, mas atingem um tamanho impressionante; em idade adulta, atingem até 2,4 metros, além de possuírem aproximadamente 130 kg, mascado pelo focinho mais alongado do que de outros parentes esturjões.

Mesmo ameaçado de extinção, sua população pode crescer após a maturação, quando iniciam a desova. As fêmeas, por exemplo, colocam entre 800 mil a 3,75 milhões de ovos por ano, como acrescentou o FCiências.

Na época de maior população, o peixe chegou a ser comumente visto nas águas norte-americanas, sem valor de preservação e, muitas vezes, caçado para alimentação, quando não para extração de couro e produção de ictiocola, uma substância gelatinosa que, após coletada, pode ser usada em gelatinas e colas.

Contudo, a perseguição destes animais por pescadores, além da poluição aquática, diminuiu suas populações, tornando suas visualizações cada vez mais caras. Hoje, existe uma série de restrições para evitar sua pesca.