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Matérias / Paleontologia

Do tamanho de um gatinho: A pegada de estegossauro deixada há 100 milhões de anos

Descoberta impressiona, afinal, espécie podia alcançar 9 metros de comprimento e pesar até 7 toneladas; relembre o achado

Fabio Previdelli Publicado em 20/05/2021, às 09h36

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Ilustração de um filhote de estegossauro - Divulgação/University of Queensland/Kaitoge
Ilustração de um filhote de estegossauro - Divulgação/University of Queensland/Kaitoge

Grandes quadrúpedes herbívoros, os estegossauros são conhecidos por terem possuído as costas arredondadas, membros posteriores mais longos que os anteriores, além, é claro, a enorme cauda pontiaguda erguida ao ar, com placas largas e verticais nas suas costas. 

Por essas características singulares, vestígios da espécie podem ser encontrados com maior facilidade por arqueólogos. Os primeiros registros fósseis da espécie dão conta do período da Guerra dos Ossos, entre 1877 e 1892. 

O dino foi originalmente nomeado pelo paleontólogo Othniel Charles Marsh, em 1877, no livro "A new order of extinct Reptilia (Stegosauria) from the Jurassic of the Rocky Mountains". Seus restos foram encontrados no norte da cidade colorada de Morrison, nos Estados Unidos. 

Desde então, diversos outros achados sobre a espécie vêm sendo feitos ao longo dos anos. O mais recente deles, publicado em fevereiro deste ano na revista científica Palaios, dá conta de uma pegada de estegossauro encontrada na China. Além do tamanho, outra peculiaridade sobre o rastro impressiona.

O estegossauro do tamanho de um gatinho

Na ocasião, a pesquisadora Lida Xing, que é professora associada da Universidade de Geociências da China, encontrou uma pegada da espécie que foi formada há cerca de 100 milhões de anos. O achado foi feito na cidade chinesa de Xinjiang.  

Estudos anteriores, como o feito pelo paleontólogo Thomas R. Holtz Jr., publicado em 2012, aponta que os estegossauros podiam alcançar 9 metros de comprimento. Além disso, eles podiam pesar entre 5,3 e 7 toneladas. 

Mas o achado de Lida traz uma nova visão sobre o dino. Afinal, a pegada que ela encontrou tinha apenas 5,7 centímetros de comprimento — o que fez os pesquisadores acreditarem que o estegossauro que deixou o rastro tinha o tamanho aproximado de um gato. 

Pegado do estegossauro que foi encontrada pelos pesquisadores na China/ Crédito: University of Queensland

“Esta é a menor pegada de estegossauro conhecida no mundo”, afirmou a pesquisadora em um comunicado oficial. “Ela se diferencia de outras pegadas de estegossauro encontradas na região, que mediam até 30 centímetros, e é diferente de rastros encontrados em lugares como Broome, no oeste da Austrália, que podem ter até 80 centímetros", completou o pesquisador da Universidade de Queensland, da Austrália, Anthony Romilio

De acordo com o estudo, a pequena pegada tem características semelhantes às de outras pegadas de estegossauro, com três impressões curtas, largas e arredondadas.

No entanto, os pesquisadores descobriram que a impressão não era alongada como as impressões dinos maiores da espécie que foram encontrados em outros locais, o que sugere que aquele jovem estegossauro tinha um comportamento diferente. 

"Os estegossauros normalmente andam com os calcanhares no chão, assim como os humanos, mas de quatro, o que cria pegadas longas", explica Romilio."A pequena trilha mostra que este dinossauro estava se movendo com o calcanhar levantado do chão, assim como um pássaro ou gato faz hoje. Nós só vimos marcas curtas como essa nos casos em que dinossauros andaram sobre duas pernas”. 

A descoberta levou Xing a apontar que os filhotes da espécie podiam andar "nas pontas dos pés" quando ainda jovens. "Isso poderia ser possível, pois essa é a condição ancestral e é a postura da maioria dos dinossauros; mas o estegossauro também pode ter passado a colocar o calcanhar no chão à medida que envelheceu", explicou.  

Pegado do estegossauro que foi encontrada pelos pesquisadores na China/ Crédito: University of Queensland

"Um conjunto completo de rastros dessas pequenas pegadas nos daria a resposta para essa pergunta, mas infelizmente só temos uma única pegada”, lamentou a professora associada da Universidade de Geociências da China. 

Agora, a missão dos pesquisadores, que contam com a ajuda de especialistas dos Estados Unidos e da Alemanha, é de encontrar outros lugares que possam ter registros da espécie.

“Agora que nosso estudo identificou nove lugares diferentes que têm rastros de dinossauros nesta localidade, vamos olhar ainda mais de perto para ver se podemos encontrar mais dessas pequenas pegadas", concluiu Lida Xing.


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