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Matérias / Paleontologia

A última 'refeição' de um dinossauro, há 110 milhões de anos

Em 2011, um grupo de mineradores do norte do Canadá encontrou um fóssil de nodossauro; nove anos depois, cientistas descobriram que seu estômago estava preservado, bem como sua última refeição

Redação Publicado em 30/04/2021, às 09h00 - Atualizado em 07/08/2022, às 17h00

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O que sobrou do gigante - Divulgação/Science Direct/Caleb M. Brown
O que sobrou do gigante - Divulgação/Science Direct/Caleb M. Brown

No ano de 2011, um enorme fóssil de dinossauro foi encontrado por mineradores que trabalhavam no norte do Canadá. Conforme repercutiu a Superinteressante, o nodossauro, como é chamada a espécie, é conhecido por ter uma grossa carapaça óssea nas costas, característica comum do grupo dos anquilossauros, conhecidos como "dinossauros blindados".

Apesar de se tratar apenas da metade superior do animal, a descoberta foi de valor inestimável pela ciência por um motivo surpreendente: havia no estômago do réptil os restos de sua última refeição antes de morrer. A partir do material, foi possível saber um pouco mais sobre os hábitos alimentares da espécie. 

No entanto, essa série de descobertas não ocorreu da noite para o dia. A confirmação de que se tratava do fóssil de um nodossauro, por exemplo, somente veio a ocorrer em 2017, a partir da realização de muitos estudos. 

Refeição fossilizada

Mais tarde, no ano de 2020, uma equipe de pesquisadores descobriu que a última refeição do herbívoro em questão estava preservada no fóssil de 1.300 quilos, uma verdadeira conquista após anos de estudos.

Isso foi possível porque o estômago do animal também estava muito bem preservado, de uma forma nunca antes vista, mesmo se tratando de um espécime de cerca de 110 milhões de anos.

Pode parecer impossível um ser permanecer preservado desta maneira, mas a verdade é que, após a morte, o nodossauro foi parar entre as rochas dos oceanos e lá permaneceu aguardando o dia de ser encontrado e estudado pelos especialistas. O resultado das mais recentes pesquisas foi publicado na revista The Royal Society.

Nodossauro encontrado - Crédito: Wikimedia Commons

Dieta do nodossauro

A partir das análises, a equipe percebeu que a espécie tinha preferência por um tipo de samambaia, já que 88% do material em seu estômago era composto por essa planta. No restante, foi identificada a presença de musgo e de ao menos 50 espécies angiospermas, como são chamadas as plantas que possuem flores, além de sementes e pedaços de galhos.

Esta constatação deixou os especialistas muito surpresos, uma vez que costumava-se pensar, no meio científico, que esses dinossauros ingeriam folhas de coníferas, como os pinheiros, que eram abundantes na época. No estômago do réptil, no entanto, foram encontrados apenas alguns resquícios desse tipo de vegetação.

Outro detalhe que chamou a atenção de todos foi a presença de pedras no sistema digestivo do nodossauro, o que aponta mais uma vez para a semelhança entre o comportamento dos dinossauros e diversos animais modernos como as focas e os crocodilos, os quais ingerem os chamados gastrólitos para ajudar na trituração dos alimentos. Por fim, os cientistas encontraram resquícios de vegetação queimada no estômago do herbívoro.

Nodossauro em museu no Canadá - Crédito: Wikimedia Commons

Não é possível afirmar se a ingestão foi proposital ou acidental, mas, de acordo com os especialistas, algumas espécies se acostumaram a comer alimentos nessa condição pela necessidade de adaptação em decorrência de frequentes incêndios naturais.

Também é necessário ressaltar que o estudo não se compromete em afirmar que as descobertas sobre o fóssil encontrado se aplicam a todos os demais, já que a dieta desses animais deveria variar conforme o local em que viviam.


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