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Matérias / Golda

Golda Meir: Quem é a mulher por trás do filme que chega aos cinemas?

'Golda — A Mulher de Uma Nação' retrata a Guerra do Yom Kippur sob o olhar de Golda Meir, antiga primeira-ministra de Israel

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 30/08/2023, às 17h33 - Atualizado em 05/09/2023, às 14h55

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Golda Meir no filme 'Golda', interpretada por Helen Mirren, e fotografia da verdadeira antiga primeira-ministra de Israel - Reprodução/Vídeo/YouTube/@RottenTomatoesINDIE / Foto por Israel Press and Photo Agency pelo Wikimedia Commons
Golda Meir no filme 'Golda', interpretada por Helen Mirren, e fotografia da verdadeira antiga primeira-ministra de Israel - Reprodução/Vídeo/YouTube/@RottenTomatoesINDIE / Foto por Israel Press and Photo Agency pelo Wikimedia Commons

Nesta quinta-feira, 31, chega aos cinemas de todo o país o filme 'Golda — A Mulher de Uma Nação', dirigido por Guy Nattiv. Com a presença de Helen Mirren, que venceu o Oscar de Melhor Atriz em 2007 por 'A Rainha', como a protagonista que dá nome ao longa, a produção é um retrato da Guerra do Yom Kippur sob o olhar da ex-primeira-ministra de Israel, Golda Meir.

"A primeira-ministra israelense Golda Meir (Helen Mirren), também conhecida como a 'Dama de Ferro de Israel', deve tomar decisões extremamente importantes e é responsável pela segurança de seu país em 1973, quando Egito, Síria e Jordânia lançam um ataque surpresa contra Israel em seu dia santo. Durante a Guerra do Yom Kippur, as vidas de muitas pessoas são de sua responsabilidade e ela deve prevalecer contra os membros do gabinete exclusivamente masculinos que são hostis a ela", descreve a sinopse.

Sabendo um pouco mais sobre o mais novo lançamento de Guy Nattiv, conheça a verdadeiraGolda Meir, a ex-primeira-ministra israelense que teve grande importância na chamada Guerra do Yom Kippur.

Ascensão política

Era 3 de maio de 1898, quando Golda Meir — nascida Golda Mabovitch — nasceu em Kiev, na Ucrânia. Membro de uma família judaica, ela migrou para os Estados Unidos em 1906 e, em 1921, depois de já ter concluído seus estudos, foi para a Palestina com o marido, Morris Myerson, com quem era casada desde 1917.

No entanto, foi somente em 1932 que daria início àquilo que ela ficaria conhecida na história: sua carreira política. Neste ano, engajou na Confederação Geral do Trabalho (Histadrut), onde exerceu diversos cargos e, como líder, foi uma das responsáveis pelas negociações com os britânicos pela repartição do território da Palestina, de acordo com a CNN Brasil.

Em meio à Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), ela alcançou a posição de liderança do departamento político da Agência Judaica e da Organização Sionista Mundial. Esta primeira, no caso, era a maior autoridade no Estado de Israel sob administração britânica, vale pontuar.

Em 1948, Golda Meir foi uma das quase 40 pessoas a assinar a declaração de independência de Israel, e foi nomeada pelo então primeiro-ministro, David Ben-Gurion, como embaixadora do país na hoje extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Após isso, entre os anos de 1949 e 1956, ainda atuou também como ministra do Trabalho e Segurança Social, e posteriormente ministra dos Negócios Estrangeiros.

'Dama de Ferro Israelense' 

Foi somente em 1969, depois da morte do então primeiro-ministro Levi Eshkol, que Golda Meir tomou posse do cargo. Vale mencionar que ela assumiu a posição aos 70 anos, tendo sido a primeira e única mulher a fazer isso na história.

Foi também em meio à sua posse que o Estado se deparou em um dos momentos mais tensos de sua história: a Guerra do Yom Kippur, motivada pela anexação de territórios sírios e egípcios por Israel em 1967, configurando uma disputa militar entre uma coalizão de países árabes — liderados pelo Egito e pela Síria — contra Israel, em uma batalha de menos de 20 dias em outubro de 1973.

É importante lembrar a razão para o nome do conflito: naquele ano, o Egito e a Síria lançaram um ataque surpresa contra Israel bem no feriado de Yom Kippur, considerado um dia sagrado do ano no judaísmo. Em resposta, a nação lançou uma contraofensiva massiva e brutal antes mesmo de se estabelecer um cessar-fogo, o que a levou a ser conhecida como a 'Dama de Ferro Israelense'.

Em abril de 1974, Golda Meir renunciou ao cargo de primeira-ministra devido às críticas à sua atuação e também por questões de saúde. 4 anos depois, em 8 de dezembro de 1978, ela morreu de câncer aos 80 anos de idade em Jerusalém, e hoje é sepultada no Cemitério Nacional do Monte Herzl.