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Matérias / Bizarro

Há 7 anos, internautas decidiam que uma youtuber precisava de ajuda

O caso de Marina Joyce chegou a mobilizar a polícia de Londres após inúmeros pedidos de socorro — que ela nunca fez

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 15/03/2023, às 19h41

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Marina apresentando um vídeo - Divulgação / YouTube
Marina apresentando um vídeo - Divulgação / YouTube

No ano de 2016, uma celebridade da internet surgia de maneira diferente de outros criadores de conteúdo na rede mundial de computadores; ao invés de pedir as populares curtidas e compartilhamentos para engajar mais pessoas em seus vídeos, a garota londrina Marina Joyce foi associada a um pedido de ajuda, especulado por milhares de internautas.

A teoria de que a loira, na época com 19 anos de idade, estaria sendo sequestrada foi interpretada erroneamente por internautas devido ao jeito como Marina apresentava seus vídeos, em um simples canal de vlogs sobre sua rotina diária e dicas de comportamento e moda.

De maneira repetida em muitas publicações, ela mantinha o olhar fixo para fora da lente da câmera, certas vezes interrompendo o raciocínio da fala de maneira abrupta, como se algo atrás da filmadora a tivesse chamado atenção. Para alguns, poderia ser simplesmente um visor de referências, mas, para outros, eram sinais de que, mantida em cativeiro, seria supostamente obrigada a gravar vídeos.

O pico da desconfiança se deu em julho de 2016, quando o vídeo "DATE OUTFIT IDEAS" ('Ideias de looks para encontros", em tradução livre) foi alvo de um dossiê de internautas que reuniam pequenas pistas de que ela estava em apuros, apontando o olhar estático e até mesmo piscadas repentinas como supostas evidências, iniciando a hashtag #SaveMarinaJoyce, que rapidamente se disseminou internacionalmente.

Entendendo o caso

A subida da hashtag em nível internacional não apenas chamou atenção de usuários de várias redes sociais, mas também angariou os esforços da Scotland Yard, a polícia da Inglaterra, local onde vivia a influenciadora, levando a visitar o endereço de Joyce em uma madugada naquele mês.

O próprio perfil do órgão de segurança pública publicou que a mulher estava saudável e bem na própria residência e que não era motivo de alarde, de forma a não atender mais nenhuma queixa. Se engana, no entanto, quem acredita que isso foi suficiente; a presença da polícia levou muitos internautas a acreditarem que existia algo oculto em sua trajetória, reunindo cada vez mais pistas, como pequenas manchas de pele sendo supostos hematomas.

Marina, por sua vez, também passou a negar a tal captura em transmissões ao vivo após a abordagem policial, solicitando que fãs interrompessem qualquer tipo de busca. Por outro lado, a loira evitava detalhar as ações e se limitava a dizer apenas que estava bem, corroborando com as suspeitas de que estaria sendo controlada.

Tal postura por parte da jovem fez com que pessoas apontassem que ela aproveitou a preocupação alheia para continuar colocando medo em relação a sua integridade ao esclarecer o que houve, abandonando as buscas voluntárias por pistas.

Nos anos seguintes, a própria mãe da garota concedeu uma entrevista ao The Telegraph tranquilizando as pessoas, além de pessoas próximas apontarem que Marina tinha problemas com álcool e psicossomáticos, fatos estes que nunca foram confirmados oficialmente. Por fim, concluiu-se que não passava de um mal entendido.