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Matérias / Revolução Russa

Há 79 anos, Leon Trotsky era executado a machadadas

Mártir da Revolução Russa, Trotsky encontrou no México seu exílio final

Joseane Pereira Publicado em 20/08/2019, às 00h00

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Reprodução
Reprodução

Filho de camponeses relativamente ricos do sul da Ucrânia, Lev Davidovich Bronstein foi um grande revolucionário anti-czarista. Preso e exilado na Sibéria por questões políticas, ele escapou em 1902 usando o nome de um carcereiro no cartão de identidade falso. Esse nome - Trotsky – seria usado pelo revolucionário até o fim de seus dias.

Uma vida para a revolução

Eleito presidente do soviete de São Petersburgo em 1905, Trotsky denunciava o bolchevismo como a fórmula para uma ditadura sobre o proletariado. Junto com Lenin, ele liderou a Insurreição de Outubro e se tornou figura de grande importância durante a guerra civil que se seguiu. 

Mas, com a morte de Lenin e subida de Stalin ao poder, Trotsky foi sendo gradualmente afastado. A propaganda stalinista ia transformando-o em uma figura nefasta que queria derrubar a revolução, e em 1929, ele acabou sendo deportado da União Soviética. Durante os anos de exílio, Trotsky criticou duramente Stalin por trair o marxismo. Em suas palavras, "o peso da burocracia superava o chefe da revolução".

Vivendo na Turquia, França e Noruega, ele foi para o México em 1936 e se hospedou com sua esposa Natalia Sedova em uma residência incomum: a Casa Azul, lar de Frida Kahlo e Diego Rivera. Segundo registros, ele, que a essa altura já beirava os 60 anos, teria se envolvido amorosamente com a grande pintora surrealista, que contava com menos de 30.

Trotsky e Frida ao centro / Crédito: Reprodução

Em 1939, Stalin ordenou a eliminação do revolucionário. Em 20 de agosto de 1940, então com 60 anos, Trotsky foi violentamente executado em sua casa em Coyoacán, no México, pelas mãos do agente soviético Ramon Mercader com um machado de quebrar gelo. Agindo sob instrução de Stalin, Mercader quase foi espancado até a morte pelos agentes que guardavam a casa, passando os 20 anos seguintes em uma prisão mexicana.

Trotsky foi enterrado em sua propriedade. Hoje em dia, um modesto obelisco com foice  e martelo adorna o túmulo do outrora poderoso líder, deixando nas Américas a marca de uma revolução que se espalhou para o mundo.