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Matérias / Crimes

Nancy Hazle: A serial killer que assassinou os próprios familiares

A lista de Nannie Doss inclui maridos, filhas, netos, sogras e até mesmo sua mãe

Alana Sousa Publicado em 08/11/2019, às 09h00

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Divulgação
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Nascida em 1905, no Alabama, Estados Unidos, Nancy Hazle sofria desde nova com abusos dentro de casa. Seu pai a obrigava a trabalhar na fazenda da família ao invés de frequentar a escola. Era proibida de usar maquiagem e roupas que poderiam ser consideradas atraentes.

Aos sete anos sofreu um acidente em uma cabine de trem e bateu a cabeça, algo que causaria uma instabilidade psicológica para o resto de sua vida. Casou-se aos 16 anos com Charley Braggs, um colega de trabalho, com apenas quatro meses de namoro. Foi morar com o marido e a sogra.

Ainda sem sinais de psicopatia, mas com uma vida miserável, Nannie tornou-se alcoólatra e teve quatro filhas. Em 1927, as duas crianças do meio morreram de repente, o laudo médico apontou para uma possível intoxicação alimentar. Alegando medo da esposa, Braggs fugiu com a filha mais velha, Melvina, e deixou o bebê recém-nascido do casal para trás.

Nancy Hazle / Crédito: Reprodução

Dois anos depois, já na Flórida, Nancy casou-se novamente, dessa vez com Robert Harrelson. Passou quase duas décadas no relacionamento, apesar de saber que o parceiro era alcóolatra e tinha passagem na polícia por agressão. Durante esse tempo, reencontrou a filha Melvina, já com um filho, e à espera de outro. Tentando aproximar-se da mãe, e sem desconfiar do perigo que poderia correr, ela pediu ajuda para realizar o parto do segundo bebê.

O nenê morreu minutos após seu nascimento. No ano de 1945, Melvina confrontou a mãe posteriormente dizendo que ainda exausta, e enxergando embaçado, a viu enfiar um alfinete na cabeça de seu filho. Nancy negou as acusações, e rebateu afirmando que a criança tinha nascido morta.

No mesmo ano, a serial killer fez sua quarta vítima: o outro bebê de Melvina, Robert, de dois anos. A causa do óbito foi apontada como asfixia, ainda assim ninguém suspeitou que a assassina fosse a própria avó.

Com o fim da Segunda Guerra, pessoas ao redor do mundo tomaram as ruas para comemorar, uma dessas pessoas foi o marido de Hazle, Robert Harrelson. Depois de uma noite de bebedeira, ele voltou para a casa completamente alterado e estuprou a esposa. Nancy então resolveu pôr um fim em sua vida: pegou um frasco de whiskey e encheu-o com veneno de rato. Harrelson sofreu uma morte dolorosa. Acrescentando mais um número para sua lista de assassinatos, que já incluíam cinco membros de sua família. E estava longe de terminar.

Nancy em 1954 / Crédito: Reprodução

A serial killer fugiu então para Carolina do Norte, lá conheceu Arlie Lanning e oficializou uma união após três dias. Passaram-se alguns meses e Lanning morreu de uma duvidosa insuficiência cardíaca. Em seguida, sua sogra faleceu misteriosamente e Nannie mudou-se para a residência de sua irmã, Dovie, também no mesmo estado.

Já adoecida e de cama, Dovie não durou muito após a chegada da mórbida irmã. A caçada por novas vítimas continuou, e Nannie uniu-se em matrimônio com Richard Morton. Foram morar em Kansas, e o destino mortal já estava traçado. Antes de envenenar o marido, como de costume, a homicida envenenou a sogra, Louisa, em 1953. Três meses depois Morton juntava-se aos outros três esposos da assassina em série.

Sua carreira de serial killer acabou com o falecimento de seu quinto cônjuge: Samuel Doss. Em setembro de 1953, Samuel foi internado. O hospital diagnosticou uma infecção grave no sistema digestivo, foi realizado um breve tratamento e ele voltou para casa relativamente saudável. No decorrer de um mês o homem veio a óbito, os médicos iniciaram uma autópsia detalhada, que comprovou a morte por uma enorme quantidade de veneno em seu corpo.

Nannie com sua filha Melvina e netas, em seu julgamento, em 1955 / Crédito: Reprodução

A polícia, então, desconfiou de Doss — a mulher havia já assinava com o sobrenome do falecido marido — e mandou prendê-la. Na cadeia, a assassina finalmente confessou e negou alguns de seus crimes. O que chamou a atenção foi o fato dela admitir ter matado a própria mãe. As autoridades acreditaram que ela matava para conseguir dinheiro de seguro de vida que ela registrava no nome dos companheiros. Enquanto a razão por trás dos outros homicídios nunca foi esclarecida.

Nancy Hazle foi sentenciada à prisão perpétua, mas apenas pelo crime de seu quinto marido, já que não havia provas suficientes para acusá-la das outras mortes. Faleceu de leucemia na prisão, em 1965.