Inspirados pelos princípios pregadas pela saga, alguns fãs se consideram jedis da vida real
Redação Publicado em 12/06/2023, às 14h36
Dentro do universo fictício de Star Wars, os chamados "jedi" são guerreiros de uma Ordem que busca manter a justiça na Galáxia através da manipulação da "Força", que é um poderoso campo de energia que une todos os seres vivos.
Os jedi estão do lado da luz da Força, enquanto a Ordem dos sith estão no lado sombrio, com os dois grupos existindo em constante combate — os primeiros, no entanto, quase foram levados à extinção pelo Império Galáctico.
Entre os personagens jedi famosos da popular franquia de filmes e séries, estão Mestre Yoda, Luke Skywalker, Obi-Wan Kenobi e, da trilogia mais recente, a jovem Rey. O que nem todos sabem, porém, é que existem autoproclamados jedis também fora de Star Wars: são os adeptos do "jediísmo".
Descrito por alguns como uma filosofia de vida e por outros com uma religião, o jediísmo apareceu entre o fim dos anos 90 e início dos 2000, e se espalhou rapidamente entre fãs da saga, conforme explicado por uma matéria de 2020 do The Guardian.
Um dos principais impulsionadores à popularidade do movimento religioso teria sido um censo realizado em 2001 no Reino Unido que questionou a população a respeito de suas crenças religiosas, ao que 390 mil pessoas responderam serem jedis. A maioria teria incluído a resposta inusual como parte de uma pegadinha coletiva (que foi incentivada através de uma corrente de e-mails), mas havia, entre eles, os que levavam seus princípios inspirados em Star Wars a sério.
Embora a crença principal entre os adeptos do jediísmo seja a existência da Força, é importante apontar que eles não costumam pensar que é possível manipulá-la da mesma forma que seus personagens favoritos fazem dentro do universo de Star Wars.
Em vez disso, a parte principal da prática desta religião seria, na verdade, o autoaperfeiçoamento alcançado pelo combate da "escuridão" dentro de si. Para tanto, é possível seguir as orientações presentes no "Código Jedi", que na história da franquia era usado para treinar os guerreiros da Ordem a fim de que eles não caíssem no lado sombrio da Força.
Buscando uma instituição para organizar o cultivo essas crenças, a primeira Igreja do Jediísmo foi fundada pelo britânico Daniel Jones ainda em 2007, e, de acordo com o portal "Become the Force" ("Se torne a Força", em tradução livre), a religião acumulou 500 mil membros através do planeta desde então.
Existem "igrejas" jedi tanto na Inglaterra quanto na Nova Zelândia para aqueles jedis que quiserem se reunir para se conectar com outros seguidores da religião, mas é importante destacar que não existem templos físicos. No Brasil, infelizmente, ainda não temos nenhuma igreja oficial, conforme explicado por Eduardo Ruiz, um administrador da Ordem Jedi do Brasil que deu uma entrevista ao Universa, do UOL, em 2018.
Por aqui, diferente do que ocorre na Europa ou nos EUA, a religião é encarada mais como uma filosofia ou estilo de vida discutido pela internet ou em eventos que reúnem os fãs", esclareceu o autoproclamado discípulo jedi.
