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Matérias / Brasil

Relembre o caso do pastor que disse que ressuscitaria após três dias

Com o enterro impedido por um documento assinado pelo próprio, o caso mobilizou a população local

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 10/01/2023, às 20h48 - Atualizado em 16/02/2023, às 19h58

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Fotografia de Huber Carlos - Divulgação / Redes sociais
Fotografia de Huber Carlos - Divulgação / Redes sociais

No ano de 2008, um pastor do município de Goiatuba, em Goiás, chamado Huber Carlos Rodrigues, mobilizou a comunidade local ao apontar que teve uma série de revelações partindo do 'Espírito Santo' que resultariam em questões diretamente ligadas ao seu futuro.

A tal conversa divina apontou que, por "um mistério de Deus", ele ressuscitaria ao seu falecimento três dias depois, cravando até mesmo o horário para às 23h30. Para comprovar a veracidade da tal interação espiritual, ele ainda assinou, de maneira voluntária, um documento registrando a então profecia.

Minha integridade física tem que ser totalmente preservada, pois ficarei por três dias morto, sendo que no 3ª dia, eu ressuscitarei. Meu corpo durante os três dias não terá mau cheiro e nem se decomporá, pois o próprio Deus terá preparado minha carne e meu cérebro para passar por essa experiência”, escreveu no documento.

Pelos anos seguintes, ele continuou pregando normalmente em sua comunidade, até que, em outubro de 2021, poderia colocar finalmente a tal premonição em prova. No dia 22 daquele mês, Huber faleceu vítima de uma parada cardiorrespiratória ao ser internado em um hospital de Itumbiara, a 55 km do local onde ele pregava.

Momento aguardado

Se por um lado a perda resultava em uma grande mobilização entre familiares e fiéis, era a grande oportunidade de confirmar a veracidade daquele documento assinado 13 anos antes. Esperando a realização da profecia, a viúva do religioso decidiu não liberá-lo ao serviço funerário. Ao longo dos dias seguintes, uma multidão de formou na porta do edifício onde o corpo estava abrigado.

Multidão aglomerada na saída do funeral de pastor / Crédito: Divulgação / Destak Informativo

Por outro lado, a prefeitura local chegou a notificar a Vigilância Sanitária para que o cadáver fosse enterrado, respeitando uma resolução que dispõe sobre o Controle e Fiscalização Sanitária do Translado de Restos Mortais Humanos, como informou o portal de notícias G1.

Dentro da funerária, ele ficou os três dias em um local refrigerado, com a noite do dia 25, esperada como a noite onde a ressuscitação ocorreria, não surpreendeu os curiosos; Huber não apresentou nenhum sinal vital, tendo finalmente o corpo liberado pela companheira.

Devido a pressa pelo cortejo e estado de decomposição, iniciou a correria para enterrar o pastor, uma hora depois da saída do corpo da funerária, às 00h30. Também foi uma hora após o horário marcado para o esperado retorno, que por fim, nunca ocorreu.