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Matérias / Entretenimento

Taco de baseball e pânico: como O Iluminado traumatizou a estrela Shelley Duvall

O premiado filme foi considerado um marco no cinema moderno, mas passou por episódios macabros durante a produção de Stanley Kubrick

Wallacy Ferrari Publicado em 30/05/2020, às 09h00

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Cena do filme O Iluminado - Divulgação
Cena do filme O Iluminado - Divulgação

Dirigido por Stanley Kubrick, o filme ‘O Iluminado’ se tornou um símbolo do terror no cinema moderno abusando de enquadramentos inovadores, suspense e uma linearidade notável. Os trabalhos possibilitaram a consagração de seus envolvidos, desde o diretor, que se tornou uma referência na área, até Jack Nicholson, que interpretou Jack Torrance.

Uma pessoa, no entanto, compôs uma importante parte do filme e contribuiu para edificar a obra, porém, decidiu abandonar o cinema gradativamente após a oportunidade. Shelley Duvall era uma atriz em ascensão em 1980, tendo recebido o troféu de Melhor Atriz no Festival de Cannes três anos antes, além de já estar escalada para compartilhar o protagonismo do filme ‘Popeye’ com Robbie Williams.

O papel em ‘O Iluminado’ seria a oportunidade de ouro para Shelley edificar sua imagem no cinema comercial, porém, não esperava que a postura tirana do diretor mudaria sua forma de encarar um estúdio pelo resto de sua vida.

Cena do filme O Iluminado / Crédito: Divulgação

A necessidade do sofrimento

Durante as gravações, Kubrick fazia questão de cooperar com o medo para que a atriz tivesse uma imersão maior em cena. Além da exposição a armas reais invés de objetos cenográficos, o diretor orientou para que toda equipe evitasse contato visual com a atriz e, se possível, ser o mais frio e rude possível, sem Shelley tomar conhecimento.

O isolamento na equipe e o desamparo foram notados inclusive por Jack Nicholson; em entrevista no documentário ‘Stanley Kubrick: A Life in Pictures”, o ator afirmou que seu diretor tinha uma postura diferente quando trabalhava com Duvall, com orientações mais diretas, repetições excessivas sem possibilidade de pausas, além de manifestar impaciência.

Além das medidas de isolamento e repreensão, o trabalho impressionante da atriz durante os cinco meses de gravações geraram comentários positivos pelos funcionários do set, resultando em uma ordem direta do diretor: “Não simpatize com Shelley”, orientando todos a jamais elogiarem sua atuação.

Ferimentos reais

As cenas contendo armas, como facões e bastões, chegaram a ser repetidos aos gritos por aproximadamente 50 vezes de acordo com relatos dos atores. A lendária cena de Jack quebrando a porta com um machado foi filmada com mais de 60 portas durante três dias consecutivos até alcançar o resultado satisfatório ao diretor. Nicholson chegou a considerar a cena como a mais difícil da carreira, principalmente pelo sofrimento real da colega.

Algumas das cenas resultaram em machucados violentos nas mãos de Shelley, como na cena do bastão de beisebol, devido às 127 tentativas de reproduzir a cena com perfeição, chegando a entrar no Guiness Book. Com as mãos descascando, sofrendo com a desidratação e chorando de verdade resultou em um pânico suficientemente convincente aos olhos do diretor.

Em entrevista ao escritor David Hughes, a moça manifestou que os cinco meses de trabalho terminaram com um choro de 12 horas após a conclusão das filmagens: "De maio a outubro, eu estava realmente com problemas de saúde porque o estresse do papel era muito grande. Stanley me empurrou e me cutucou ainda mais do que nunca. É o papel mais difícil que já tive".


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