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Esqueleto 'dançarino' intriga arqueólogos

Encontrado na Sibéria, a posição é apenas uma das esquisitices a seu respeito

Fábio Marton Publicado em 24/05/2017, às 09h58 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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Enterro fora do comum intriga arqueólogos - Denis Volkov
Enterro fora do comum intriga arqueólogos - Denis Volkov

Uma bizarra surpresa esperava o time de arqueólogos ao abrirem uma tumba de cerca de 1300 anos em Ust-Ivanova, província de Primosky Krai, extremo leste da Rússia. O esqueleto de um homem de por volta de 30 anos parecia congelado numa eterna pose de balé.  

"Por graça, nós o batizamos de Mikhail", afirmou o arqueólogo russo Denis Volkov, condutor da escavação, ao Siberian Times (presume-se que seja uma referência ao bailarino Mikhail Baryshnikov, famoso não só por seu talento, como por ter saltado para o outro lado da Cortina de Ferro em 1974). "Seus pés estavam cruzados e seus joelhos bem abertos. Nenhuma cerimônia funerária usa essa posição para o corpo."


O 'dançarino' por outro ângulo / Denis Volkov

Mikhail é de um tempo muito antes da Rússia conquistar da Europa até o Mar do Japão e se tornar o país com o maior território do mundo (entre os séculos 16 e 18). Ele pertenceu ao povo mohe, nativos siberianos que chegaram a ter um reino, mas desapareceram - ou, diz outra teoria, ajudaram a fundar a Coreia. 

Com a ajuda de peritos forenses, ficou claro também que não é possível um corpo ficar naturalmente nessa posição e que suas pernas e talvez braços foram amarrados. A causa-mortis parece ter sido uma flechada. Ou ao menos ele foi enterrado com pontas de flechas sobre seus ombros, e uma nos quadris. "Os mohes eram bastante pacíficos mas, como qualquer povo do início da Idade Média, tinham que se defender porque, aparentemente, havia conflitos entre os grupos de sua população", diz Volkov. 

Segundo o arqueólogo, o esqueleto será enviado para um laboratório na Suécia para tentar elucidar ao menos parte do mistério.