Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Paraguai

Negacionistas alemães sequestram filhas e fogem para Paraguai para não se vacinarem

O caso chamou atenção da imprensa local pelo interesse em não imunizar as crianças

Luisa Alves, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 01/06/2022, às 16h49

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Alemanha e Paraguai - Foto de DavidRockDesign pelo Pixabay
Alemanha e Paraguai - Foto de DavidRockDesign pelo Pixabay

O casal Andreas Rainer Egler e Anna Maria Egler, sequestraram e fugiram com suas filhas para o Paraguai, sem ter mais a guarda das crianças. As suspeitas apontam que a causa seria sua postura antivacinação.

Andreas Rainer Egler, pai de Clara Magdalena Egler, 10, e Anna Maria Egler, mãe de Lara Valentina Blank, 11, entraram com as meninas no território paraguaio, em novembro do ano passado, sem o consentimento dos outros pais biológicos das crianças. Os processos judiciais e criminais contra eles foram iniciados, incluindo um pedido de extradição requerido pela justiça da Alemanha pelo "ato punível de sequestro de pessoas". As informações são do UOL. 

As autoridades paraguaias emitiram um "alerta vermelho" para a prisão de Andreas e Anna. Os tribunais alemãs concederam autoridade parental exclusiva a Anne Maja, mãe de Clara e Filip Blank, pai de Lara, de acordo com o CDIA (Coordenadoria dos Direitos da Criança e do Adolescente), organização sem fins lucrativos que auxilia na procura pelas meninas.

A suspeita é que o motivo da fuga teria sido sua postura antivacinação contra a COVID-19, objetivando viver em comunidades alemãs no Paraguai, que seguem crenças antivacina.  "Provavelmente pretendiam morar em alguma comunidade antivacina no interior do país. Eles pertencem a grupos negacionistas da covid-19", relatou a CDIA. 

Anna e Andreas tentaram se estebelecer perto de La Colmena — localizada no interior do Paraguai há cerca de 3 horas da capital — em um bairro alemão, para evitar a vacinação ou se esconder das leis alemãs, devido a frouxidão da legislação paraguaia.

Alemães no Paraguai

Durante a pandemia, o número de alemães expropriados, em território paraguaio, aumentou esporadicamente. Em 2021, cerca de 1.644 alemães imigraram para o Paraguai, segundo a Diretoria de Imigração. Depois de brasileiros e argentinos, eles correspondem a terceira maior comunidade imigrante do país.