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Matérias / Português

De lasanha a tofu: As palavras estrangeiras que foram incorporadas ao português

Conheça alguns exemplos de estrangeirismo que são amplamente usados no nosso dia a dia e às vezes nem percebemos que são palavras emprestadas

Redação Publicado em 28/08/2022, às 09h00

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Imagem ilustrativa de caixa de pizza - Divulgação/Pixabay/Hans
Imagem ilustrativa de caixa de pizza - Divulgação/Pixabay/Hans

A língua é viva e sofre adaptações cotidianamente enquanto seus falantes a usam ao longo dos anos. Modificando palavras, criando novas, deixando de usar algumas já ultrapassadas e até mesmo emprestando outras de idiomas diferentes.

Chamado de estrangeirismo, o fenômeno linguístico que consiste em usar palavras de outros idiomas na Língua Portuguesa costuma acontecer naturalmente e é formado quase sempre a partir da necessidade de se expressar e o contato com outras culturas.

A incorporação de termos de outros idiomas acontece há muito tempo, mas também é fato que a internet possibilitou um avanço nesse hábito já que, na web, podemos nos comunicar com pessoas de diferentes locais do mundo com facilidade, adaptando nosso vocabulário.

Mas embora tenhamos um nome específico para a prática no Brasil, o uso de palavras, construções ou expressões frasais estrangeiras não acontece só aqui. A maior parte dos idiomas conta com alguns “empréstimos” também.

E o mais interessante do estrangeirismo é que o fenômeno torna nossa língua mais dinâmica — ela é mudada conforme falamos no tempo presente, sempre atualizada — e também permite que o falante possa “personalizar” a forma com que vai dizer algo.

Se antes apenas poderíamos dizer que iríamos “baixar um arquivo”, hoje podemos falar que vamos “fazer um download”, por exemplo. Isso não seria possível sem o empréstimo da palavra da língua inglesa.

Exemplos de estrangeirismo

Ainda existe algo bastante curioso na prática de “pegar emprestado” palavras de outros idiomas. Isso porque algumas expressões estrangeiras já estão tão incorporadas ao nosso dia a dia, que às vezes nem lembramos que elas não eram nossas inicialmente.

Por estarem sendo amplamente usadas no cotidiano brasileiro, algumas palavras tiveram sua forma de escrita adaptada para o português, mesclando ainda mais as culturas e facilitando a forma de comunicação.

O exemplo mais famoso desse fenômeno é a palavra “xampu”, que vem do “shampoo”, em inglês. Temos também “deletar”, vinda do “delete”, “futebol”, de “football” e “acampamento” de “camping” — todas emprestadas do inglês.

Outras palavras que incorporamos do idioma são “hall”, que intitula um saguão; “mouse”, como chamamos o acessório de computador; “delivery”, para falarmos sobre entrega em domicílio; e outras como “laptop”, “jeans” e até mesmo “hot dog”, a forma em inglês para “cachorro quente”.

Ainda que o inglês seja a língua da qual o português mais incorpora palavras, outros idiomas também têm parte no nosso cotidiano. “Abajur” foi inspirado no “abat-jour”, e “sutiã”, no “soutien” — as duas são palavras francesas, assim como "Réveillon", que usamos para "ano novo". “Marron” também é como os franceses chamam a cor marrom.

Do italiano, pegamos “lasanha” (“lasagne”), “guitarra” (“chitarra”), “graffiti”, “aguentar” (“aguentare”) e a mais famosa de todas: a “pizza”, que é como todos chamamos a massa redonda com molho de tomate e queijo desde que os italianos decidiram batizá-la assim.

Também temos influência dos japoneses na nossa forma de falar, já que pegamos emprestado “tsunâmi” para designarmos ondas gigantes; “tofu”, para falarmos sobre o alimento feito a partir da soja que lembra um quejo; “dojo”, o lugar para prática de artes marciais; e, ainda, o próprio “karate”, uma das mais famosas artes marciais.

Mesmo que o estrangeirismo aconteça especialmente a partir do contato com outras culturas, ainda incorporamos termos de línguas que já não são mais faladas, em um fenômeno um pouco diferente. “Déficit”, por exemplo, vem do latim, chamado de “língua morta” por não ser mais usado.