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Matérias / Moda

Há 20 anos, ativistas invadiam um desfile de Gisele Bündchen

Segundo a supermodelo brasileira, o episódio foi um dos momentos mais marcantes de sua carreira

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/11/2022, às 16h33

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Fotografia do desfile em que ativistas tentaram interromper a supermodelo brasileira Gisele Bündchen - Getty Images
Fotografia do desfile em que ativistas tentaram interromper a supermodelo brasileira Gisele Bündchen - Getty Images

Há 20 anos, no dia 14 de novembro de 2002, o mundo da moda encarou uma situação, até então, ímpar, que chamou muita atenção na época e até mesmo mudou a visão sobre a moda de algumas pessoas.

Na ocasião, ativistas da organização não-governamental PETA ('People for Ethical Treatment of Animals', ou, em português, 'Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais') invadiram a passarela durante um desfile da Victoria's Secret, famosa marca de lingerie, enquanto a supermodelo brasileira Gisele Bündchen desfilava, em Nova York, nos Estados Unidos. 

Na época, a supermodelo havia recém assinado um contrato com a Blackgama, uma das maiores empresas de peles de animais dos Estados Unidos, no valor de meio milhão de dólares. Por isso a revolta dos ativistas da PETA, que decidiram por invadir a passarela bem durante o desfile de Bündchen.

O desfile

A exibição nos palcos da supermodelo brasileira, que teve apenas entre 10 e 15 segundos, foi acompanhada por outras quatro ativistas da PETA, que carregavam placas escritas 'Gisele: fur scum' (em tradução livre, 'Gisele: escória coberta de pele').

Porém, a brasileira, que estava vestida com lingeries em preto e vermelho, apenas prosseguiu com seu desfile, ignorando as manifestantes que tentavam bloquear seu caminho.

Fotografia de 2002 em que é possível ver Gisele Bündchen desfilando, com ativistas segurando cartazes ao fundo
Fotografia de 2002 em que é possível ver Gisele Bündchen desfilando, com ativistas segurando cartazes ao fundo / Crédito: Getty Images

Então, o grupo de ativistas foi em sequência retirado a força por seguranças do evento, sendo que três deles foram indiciados por atentado à ordem pública, como informado por um porta-voz do Departamento de Polícia local da época.

Após a situação, então, Gisele retornou ao palco para repetir a filmagem, sem que houvesse manifestantes atrapalhando, e foi recebida por todos com uma salva de palmas.

Elas [as manifestantes] só querem atenção. Sou a maior amante dos animais do mundo e só estava fazendo meu trabalho, afinal sou uma modelo", comentou Bündchen aos jornalistas que cobriam o evento.

Repensar escolhas profissionais

Em julho de 2018, quase 16 anos após o fatídico acontecimento que viria a marcar a carreira de Gisele Bündchen, a supermodelo brasileira abriu o jogo em uma entrevista à Vogue.

Durante a conversa, ela revelou até mesmo que o incidente, que a desagradou na época, posteriormente abriu-lhe os olhos para uma importante causa, e a levou a repensar suas escolhas profissionais.

Eles [PETA] enviaram-me todos esses vídeos [sobre a morte de animais pela indústria da moda]. Eu não tinha conhecimento e fiquei arrasada. Então disse: '[...] não vou continuar a fazer campanhas com pelo'", revelou Gisele.