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Matérias / Estados Unidos

Antes da desgraça final: Há 60 anos, Richard Paul Pavlick tentava matar John F. Kennedy

Antes do nome de Lee Harvey ganhar os jornais por assassinar Kennedy, um carteiro aposentado tentou fazer a mesma coisa

Ingredi Brunato Publicado em 15/12/2020, às 09h17

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Montagem com Kennedy à esquerda e Pavlick à direita - Divulgação/ Wikimedia Common
Montagem com Kennedy à esquerda e Pavlick à direita - Divulgação/ Wikimedia Common

Richard Pavlick, então aos 73 anos de idade, foi preso em 15 de dezembro de 1960. Ele estava simplesmente dirigindo do lado errado da estrada quando foi surpreendido por autoridades, todavia, o homem estava prestes a ser incriminado por muito mais do que uma simples infração de trânsito

Isso porque, quando os oficiais revistaram seu carro, encontraram dinamite. Mas não era só isso: a inspeção que descobriu os explosivos não havia acontecido por acaso. Aqueles policiais já haviam sido previamente avisados pelo Serviço Secreto que Pavlick queria matar o presidente

A figura era John Fitzgerald Kennedy, que se safou da morte dessa vez, mas infelizmente não teria a mesma sorte três anos mais tarde, quando o ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald o baleou em meio a um breve desfile da comitiva presidencial na cidade de Dallas, no estado do Texas. 

Fotografia de Lee Harvey, o assassino de Kennedy / Crédito: Wikimedia Commons

Quem era Pavlick 

O norte-americano era um carteiro aposentado quando decidiu que queria assassinar o 35° presidente dos Estados Unidos. Contudo, ele já contava com um histórico de demonstrações de raiva direcionadas a figuras públicas. 

Em reuniões de moradores do condado onde vivia, Richard era conhecido por frequentes protestos políticos, críticas ao governo e discursos de ódio contra os praticantes da religião católica

Também já havia reclamado mais de uma vez da maneira como a bandeira americana estava exposta no local dessas reuniões, dizendo que era de maneira inadequada. 

Outro detalhe é que, mesmo nessa época, Pavlick já mostrava grande raiva em relação à Família Kennedy e seus muitos bens. 

O plano

Richard quis assassinar Kennedy desde o momento em que ele foi eleito presidente. Apenas não tinha realizado ainda seu atentado quando no fim do primeiro ano de mandato do rico norte-americano, quando acabou sendo detido, porque tinha passado os meses anteriores se preparando para o ato. 

De acordo com a revista Time, o carteiro aposentado teria posteriormente explicado sua motivação para o crime da seguinte forma: “O dinheiro de Kennedy comprou para ele a Casa Branca. Eu queria ensinar aos Estados Unidos que a presidência não está à venda.”

Fotografia de John F. Kennedy / Crédito: Wikimedia Commons

Para alcançar esse objetivo, inicialmente o senhor se desfez do terreno do qual era proprietário, e onde tinha sua casa, e mudou seus pertences para o carro. Então, passou a seguir o presidente dos Estados Unidos através do país, sempre tirando fotos e avaliando o nível de sua segurança pessoal. Ainda segundo divulgado pela Time, Pavlick a tinha descrito como “péssima”. 

Seu plano era se aproximar de Kennedy com explosivos amarrados a si mesmo, e, em uma missão suicida, detoná-los, tirando a própria vida ao mesmo tempo em que assassinava o presidente.

Entretanto, o senhor cometeu um erro na execução de seu plano. 

O fracasso

Durante suas viagens, Richard enviou cartões postais constantes para o agente de correio do condado onde costumava viver, fazendo uma série de afirmações que aludiam a algo grande que aconteceria em breve, algo que faria as pessoas ouvirem falar dele. 

Eventualmente, o funcionário do correio fez uma conexão que salvaria a vida do presidente: percebeu que os locais dos cartões postais coincidiam com os deslocamentos presidenciais. Foi nesse momento que o Serviço Secreto foi contatado, e começou a prestar atenção em Pavlick

Segundo o livro “Matando o presidente: Assassinatos, os rumores de comandantes em chefe dos EUA: Assassinatos, os rumores de comandantes em chefe dos EUA”, em 11 de dezembro, apenas quatro dias antes de ser detido, o aposentado norte-americano estaria muito perto de colocar seu plano em prática. 

Estava com a dinamite em seu carro, e Kennedy prestes a sair para a Igreja. Quando Richard viu a esposa e os dois filhos pequenos junto ao presidente, todavia, acabou deixando o assassinato para depois. “Eu não queria fazer mal a ela ou às crianças”, teria comentado. Esse acaso foi decisivo, uma vez que não haveria uma segunda chance. 

Fotografia do presidente Kennedy e sua família / Crédito: Wikimedia Commons

Em 1963, quando Lee Harvey infelizmente foi bem-sucedido em seu atentado contra Kennedy, as acusações contra Pavlick acabaram sendo retiradas. 

Após uma avaliação que determinou que senhor tinha problemas mentais que o preveniam de distinguir o certo do errado, ele passou o restante de seus dias em um hospital psiquiátrico, falecendo aos 88 anos.


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