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Matérias / Quatro Dias com Ela

Quatro Dias com Ela: Veja a história real por trás do filme

'Quatro Dias com Ela' é um filme de 2020 que conta a dramática história de uma mãe com sua filha viciada em drogas; conheça emocionante história real!

Éric Moreira Publicado em 27/04/2024, às 19h00 - Atualizado em 02/05/2024, às 16h06

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Cena de 'Quatro Dias com Ela' - Reprodução/Vertical Entertainment
Cena de 'Quatro Dias com Ela' - Reprodução/Vertical Entertainment

Nos últimos dias chegou ao catálogo da Netflix o filme 'Quatro Dias com Ela'. Dirigido pelo cineasta colombiano Rodrigo García, o filme é um retrato dramático sobre como o vício em drogas pode afetar a vida não só do usuário, mas também daqueles ao seu redor.

"Deb tenta ajudar a filha Molly a se recuperar do abuso de drogas. Esse reencontro, depois de anos separadas, desenterra o passado conturbado entre as duas", descreve a sinopse do filme, lançado originalmente em 2020. Em seu elenco, destacam-se Glenn Close e Mila Kunis, que dão vida à mãe e filha, sendo a personagem de Kunis, Molly, a dependente química.

Na trama, Molly enfrenta sua 15ª tentativa de ficar sóbria, tentando lidar com a abstinência e a desintoxicação durante os quatro dias que antecedem uma injeção de uma substância que neutraliza os opioides.

Durante esse tempo, Deb, mãe de Molly, ajuda a filha a lidar com os dias tentando ficar limpa, enquanto são colocados em cheque vários aspectos da relação entre um viciado em drogas e sua rede de apoio.

+ O analgésico protagonista durante a grave epidemia de opioides nos EUA

Com uma narrativa extremamente dramática e sensível, 'Quatro Dias com Ela' é uma representação bastante comovente sobre as nuances e complexidades da vida daqueles que amam um viciado em drogas. E a razão para esse retrato ser tão tocante é que, em sua essência, a narrativa é inspirada em uma história real.

Libby e Amanda

Segundo o site da Marie Claire, 'Quatro Dias com Ela' é adaptado de um artigo publicado em 2016 no The Washington Post, em que era apresentada a história de Libby Alexander e Amanda Wendler, mãe e filha, respectivamente. O artigo foi escrito por Eli Saslow, jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer, e se chama ''Como está Amanda?' Um a história de verdade, mentiras e um vício americano'.

Amanda Wendler e Libby Alexander / Crédito: Reprodução/Vídeo/YouTube/@ClickOnDetroitLocal4WDIV

Assim como ocorre no filme, Amanda, uma viciada em heroína, volta a morar com sua mãe para tentar, mais uma vez, permanecer limpa por tempo o suficiente para receber uma injeção do antagonista de opioides — tempo este de sete dias, vale mencionar. Esse contexto é um exemplo íntimo e real da epidemia de opioides que vem assolando os Estados Unidos nas últimas décadas.

350 pessoas começam a consumir heroína todos os dias, de acordo com estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças", escreve Eli Saslow no artigo, e acrescenta também que, todos os dias, 79 pessoas morrem devido a essa droga.

A história de Libby e Amanda, por sua vez, é ambientada na cidade natal de Amanda, nos arredores de Detroit. E de um ponto de vista de Libby, esse momento é especialmente difícil, pois, além de tentar apoiar Amanda o quanto consegue, ela ainda precisa lidar com a culpa de ser mãe de uma dependente química.

Paralelos

Entre os paralelos dos acontecimentos reais com o filme, pode-se citar como exemplo a ocasião em que Amanda (e Molly) convence sua mãe a ajudá-la a encontrar um amigo chamado Sammy. Porém, ela pede por isso para que pudesse comprar drogas, o que acarreta outras recaídas, e por isso precisa remarcar a injeção.

Além disso, no dia da injeção, a filha implora para que a mãe forneça uma amostra de urina em seu lugar, pois sabe que seria reprovada no teste de drogas e não poderia receber a injeção. Essa mentira acarreta uma consequência quase mortal, também como mostra 'Quatro Dias com Ela'.

Cena de 'Quatro Dias com Ela' / Crédito: Reprodução/Vertical Entertainment

O artigo se encerra quando mãe e filha estão no pronto-socorro de um hospital, com Libby buscando ajuda para a retirada de Amanda; assim, não sabemos o destino da jovem. No filme, no entanto, podemos ver Molly em uma cena posterior, em meio ao seu processo de recuperação, quatro meses após sua última recaída.

Como está Amanda?

Cinco anos após a publicação do artigo, em 2021, Amanda Wendler foi à Fox News, e felizmente recuperada. Na ocasião, ela estava para atestar que os dependentes químicos podem se recuperar, e que além da própria saúde, isso ajudaria também a dissipar o estigma existente em torno dos viciados em drogas.

Nós nos recuperamos… Fui a mais de 20 clínicas de reabilitação diferentes, mas… Com terapia e reuniões, a recuperação é possivelmente uma prova viva disso", disse.