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O Banco Medici: Os mecenas banqueiros

O Banco Medici: Os mecenas banqueiros

Cláudia de Castro Lima Publicado em 01/05/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Na Florença do século 15, emprestar dinheiro e cobrar juros dava direito a uma vaga no inferno. Mas, com artifícios que incluíam ganhos com câmbio de moedas, além de amizades e favores prestados à Igreja, uma família construiu um império que durou quase um século. O autor Tim Parks revela em O Banco Medici (Record) a história dos italianos que fundaram uma das bases dos modernos bancos e, de quebra, viraram patronos de gente como Leonardo da Vinci.

Trecho do livro

"‘Banco’, em italiano banco (mais tarde, banca): um banco, uma mesa ou uma tábua, algo onde escrever, fazer contas, separar duas pessoas envolvidas numa transação. Era essa a mobília necessária. (...) Dizia-se que os Medici tinham sua mesa na via Porta Rossa. Algumas coisas se passavam sobre a mesa, outras por baixo dela. Como os banqueiros freqüentemente fizessem negócios entre si, armavam essas mesas no mesmo bairro – Orsanmichele, onde hoje é o Mercato Nuovo. Havia cerca de 70, no total. A meio caminho entre a Ponte Vecchio e o duomo ainda inacabado, sob pórticos sombreados ou por trás dos portões maciços dos palazzi, ficavam os homens do dinheiro, de pé ou sentados, envoltos em seus longos mantos vermelhos, com sacos de moedas à cintura. Por cima da mesa, sobre um pano verde, ficava o grande livro de registro. A regra da Corporação era que todas as transações tinham de ser feitas por escrito. (...) Os livros começavam assim: ‘Em nome de Deus e do lucro!’, ou ‘Em nome da Santíssima Trindade e de todos os santos e anjos do Paraíso’. Todos os aspectos estavam cobertos."

 

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