Reino Unido nega indenização a soldados feridos em combate
Guilherme Gorgulho Publicado em 01/08/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Soldados britânicos que sofreram ferimentos graves durante operações no Iraque e no Afeganistão estão tendo seus pedidos de compensação financeira indeferidos por terem sido feridos pelo “tipo errado de bomba”. O Ministério da Defesa alega que minas deixadas pelo Exército soviético ou munições abandonadas seriam as responsáveis pelos danos.
Militares cujos casos não são enquadrados como lesão corporal de origem criminosa, no plano de indenizações do governo do Reino Unido para ações no front no exterior, estão tendo de recorrer à Justiça para conseguir seus direitos à compensação financeira.
No Iraque, vários casos de soldados feridos estão relacionados a artefatos explosivos instalados por criminosos comuns. Ferido em 2003 em Basra, no Iraque, o soldado Steven Llewelyn, de 45 anos, anda com dificuldade e ficou parcialmente surdo depois de ser vítima de uma explosão. Ao ser socorrido por uma ambulância para tratar de um ferimento causado por um corte, Llewelyn foi atingido pelo impacto de uma bomba colocada à beira da estrada.
O Ministério da Defesa alega que a ação foi promovida por insurgentes, e não por criminosos comuns, o que caracterizaria um ferimento em combate. Segundo o plano de pagamento de indenizações do governo britânico, somente os militares feridos por ações desvinculadas de envolvimento direto no conflito podem solicitar este benefício extra.
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