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Peter Huchthausen: um navio em fuga

Historiador narra a incrível história de um transatlântico alemão que navegou três meses às escuras no início da Segunda Guerra Mundial

Fernanda Nogueira de Souza Publicado em 01/01/2007, às 00h00 - Atualizado em 18/10/2018, às 16h22

Como um transatlântico com capacidade para quase 2 mil pessoas conseguiu desaparecer no mar por três meses, viajar em alta velocidade sem respeitar regras de navegação e despistar navios e submarinos de guerra britânicos prontos para interceptá-lo? Pois foi exatamente o que fez a tripulação do navio alemão Bremen, em 1939, que zarpou da baía de Nova York às vésperas da Segunda Guerra Mundial e conseguiu retornar a salvo a seu país quando o conflito já havia sido deflagrado. O historiador naval americano Peter A. Huchthausen, que foi capitão da Marinha dos Estados Unidos e adido naval na Iugoslávia, Romênia e União Soviética, narra a dramática aventura do navio no livro A Fuga do Bremen – A Lendária Travessia do Transatlântico Alemão às Vésperas da Segunda Guerra. Autor de outros livros sobre temas navais, como Hostile Waters e K-1: The Widowmaker, ambos ainda sem tradução para o português, Huchthausen conta nesta entrevista detalhes da obra lançada no Brasil pela Record:

Como surgiu a idéia de escrever o livro?

A história foi discutida em muitos livros e também em muitos jornais da época. Eu havia escutado apenas partes do caso. Conversando com especialistas da área marítima, todos pareciam saber um pouco sobre o assunto, mas ninguém havia escrito a história completa. Então, em 2002, comecei a pesquisar.

Como o senhor conseguiu reconstruir a história da viagem e quanto tempo levou para pesquisar e escrever o livro?

Passei dois anos pesquisando e um ano escrevendo a história. Muitos dos contatos foram encontrados em Bremen e nas redondezas de Bremerhaven, na Alemanha. Encontrei quatro sobreviventes da tripulação, a filha do capitão Ahrens e a filha do primeiro oficial. Também achei muito material em um museu de Bremerhaven. Tive a sorte de encontrar a coleção de imagens do fotógrafo da companhia Nord Deutscher Lloyd, dona do Bremen, Hans Tschirra. Eu também achei muito material, incluindo os diários de bordo dos navios de guerra ingleses que tentaram pegar o Bremen.

Alguma parte do livro é ficção, como a parte em que o senhor descreve conversas ou pensamentos dos tripulantes?

Encontrei muitos relatórios, dois do capitão Ahrens, escritos durante a guerra, e de muitos membros da tripulação. Por isso, foi fácil reconstruir os diálogos. Entrevistar quatro sobreviventes também facilitou o trabalho. Portanto, nenhuma parte do livro é ficção. Eu apenas coloquei em palavras o que eles disseram ou escreveram.

O senhor já está escrevendo outro livro?

Estou trabalhando com um co-autor francês sobre uma história não-contada sobre a inteligência naval soviética e americana durante a Guerra Fria. Nós descobrimos algumas coisas chocantes e reveladoras. Por exemplo: como os dois lados estavam perseguindo objetos voadores não-identificados que foram encontrados no fundo do mar e no espaço. Essas histórias foram mantidas em segredo por muitos anos.

A Fuga do Bremen - Peter A. Huchthausen

Record, R$ 48,90, 322 páginas

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A Guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, é considerada a “guerra mundial” da Antiguidade. O resultado foi a vitória de Esparta, que atingiu seu objetivo: frear o desenvolvimento de sistemas políticos democráticos e levar as oligarquias de volta ao poder na Grécia.

Em A Guerra do Peloponeso - Novas Perspectivas sobre o Mais Trágico Confronto da Grécia Antiga, o historiador Donald Kagan, professor de Estudos Clássicos e História da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, narra o conflito baseado em investigações recentes de pesquisadores. O autor dá ênfase ao perfil de líderes políticos e militares atenienses, como Péricles e Alcibíades. Procura também reconstituir algumas das mais importantes batalhas, como a ofensiva ateniense na Sicília e a vitória espartana em Aegospotami.

A Guerra do Peloponeso - Donald Kagan

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Acervo

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