Príncipe Harry acreditou que a princesa Diana havia figindo a própria morte

Lançada na última semana, a primeira parte da última temporada de The Crown, da Netflix, resgata um dos momentos mais dramáticos já vivenciados pela monarquia britânica: o trágico acidente de carro que matou a princesa Diana em 1997. 

Os episódios iniciais da sexta temporada mostram os dramáticos momentos vividos pelos príncipes William e Harry após a precoce morte da mãe. Assim, fica a dúvida: Como William e Harry encararam o óbito de Lady Di?

Ao divulgar o livro 'Spare', sua autobiografia, o príncipe Harry revelou que, durante muito tempo, ele e o irmão acreditaram que a mãe havia fingido a própria morte. Durante entrevista neste ano ao programa '60 minutos', da CBS, o nobre relembrou o período, marcado pela negação.

A teoria

"Recusei-me a aceitar que ela tinha desaparecido", explicou ele. Assim, ele criou a teoria de que Diana havia "decidido desaparecer por um tempo". Vale lembrar que o carro que levava Diana e o seu namorado, Dodi, colidiu no túnel debaixo da Pont de l'Alma, em Paris. Na ocasião, eles fugiam em alta velocidade da perseguição dos paparazzi. 

Assim, durante "muitos anos", o caçula de Lady Di acreditou que "tudo isso fazia parte de um plano" para que a mãe pudesse se livrar da perseguição midiática. Harry acreditou na teoria até se tornar adulto. 

O príncipe também revelou que quando visitou Paris pela primeira vez, aos 23 anos, entrou no túnel no qual Diana faleceu. Com um taxista, ele pediu para que o profissional estivesse na mesma velocidade na qual Diana morreu. 

"Precisava fazer essa viagem, e precisava percorrer a mesma rota", afirmou ele durante entrevista à CBS.

Memórias

Em seu livro, Harry também relembra o momento em que ele e o príncipe William seguiram o caixão da mãe durante o funeral. 

"Acima de tudo, lembro-me dos sons, do estalar das rédeas e dos cascos dos seis cavalos marrons suados, do guincho das rodas da carruagem que eles puxavam", escreveu ele. "Acredito que me lembrarei desses poucos sons pelo resto da minha vida, porque eles contrastavam fortemente com o silêncio que de outra forma seria abrangente."