Imagem meramente ilustrativa de partitura - Divulgação/Pixabay/Ri_Ya
Arte

Sons em partituras: Quem inventou os nomes das notas musicais?

Cunhadas em meados do século 12, as denominações garantiram o título de "pai da música" ao seu criador

Celso Miranda e Mario Araujo Publicado em 04/07/2021, às 10h00

Foi o monge beneditino Guido de Arezzo (995-1050) quem inventou a denominação das notas musicais que se consagrou a partir do século 12 — e, por conta disso, ele é considerado o pai da música. Padre Arezzo, além de músico, foi também um pesquisador, dedicandose a registrar e padronizar os escritos musicais para que eles pudessem ser guardados e reproduzidos.

Para criar os nomes das notas, ele tomou a primeira sílaba de cada verso de um hino de louvor a São João Batista: “Ut queant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”. A tradução é algo como: “Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”. No século 17, houve a troca de “ut”, por “dó”, provavelmente por conta da dificuldade de pronúncia do primeiro. O “si” nasceu da abreviação de “Sancte Iohannes”, ou São João em português.

Imagem meramente ilustrativa de partitura e piano / Crédito: Divulgação/Pixabay/stevepb

 

Opus e rapsódia

Na linguagem musical, há também a palavra latina opus (obra), utilizada para registrar e classificar peças musicais, quaisquer que sejam elas. A cada composição atribui-se um número de opus que obedece a uma ordem cronológica. Dessa forma, quanto maior for o número, mais tarde a obra foi composta.

“Por meio dele é possível identificar, dentro da obra de um compositor, o período em que determinada peça foi criada”, explicou o maestro Jean Reis. Esse tipo de classificação surgiu em meados do século 16, mas seu uso só se intensificou no século 17, quando as editoras venezianas passaram a utilizá-la.

Já o termo “rapsódia” aparece com o Romantismo, no século 19, e é utilizado para classificar as composições que não seguem uma estrutura fixa. Nesse estilo de composição, a emoção criativa é usada para transformar sentimentos em música.

“No período Clássico da literatura, havia o soneto, uma forma rígida de composição. No Romantismo, o poema perdeu a forma fixa, mas manteve o ritmo, os versos, as ideias — a essa liberdade poética podemos chamar de rapsódia”. Dentre os autores que utilizaram a rapsódia, se destacam o precursor Beethoven e George Gershwin — artista conhecido como o autor de 'Rhapsody in Blue'.


+Saiba mais sobre música por meio de grandes obras disponíveis na Amazon:

O livro da música clássica, de Vários Autores (2019) - https://amzn.to/2UXEqQy

Como Ouvir e Entender Música, de Aaron Copland (2017) - https://amzn.to/3c8V7ht

Falando de música, de Leandro Oliveira (2020) - https://amzn.to/2xkz6O5

Uma história da música popular brasileira: das Origens à Modernidade, de Jairo Severiano (2013) - https://amzn.to/34wM1sj

Uma breve história da música, de Roy Bennett (1986) - https://amzn.to/3a35ylg

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W

História Música curiosidades arte São João Batista notas musicais Guido de Arezzo Padre Arezzo

Leia também

Os relatos de Joseph Baena, filho de Arnold Schwarzenegger que impressiona pela semelhança


Bridgerton: Por que nova temporada não segue a sequência dos livros?


Bebê Rena: Veja o que aconteceu com o comediante retratado na série


Bebê Rena: Atriz conheceu a stalker da vida real?


Bebê Rena: O que aconteceu com a stalker da série na vida real?


Bebê Rena: Veja 5 relatos do comediante que foi perseguido na vida real