O mistério do monumento continua sem solução - Shutterstock

A pedreira de Stonehenge

Pesquisadores acreditam em um monumento desconhecido no caminho

Fabio Marton Publicado em 24/02/2016, às 10h42 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

Um grupo de arqueólogos britânicos acredita ter encontrado o local de onde vieram as pedras azuis de Stonehenge. E, com isso, ter esclarecido um dos maiores mistérios sobre a construção neolítica – e talvez até descoberto outro mistério.

O monumento é geralmente lembrado pelas grandes pedras de sarsen, uma rocha arenosa abundante em sua região. Mas o mistério não reside aí. As bem mais discretas
pedras azuis, em diversas partes do monumento, só podem ser encontradas a centenas de quilômetros. 

Pesquisadores anteriores teorizaram que elas haviam sido trazidas para perto pela natureza. Mas o grupo identificou sua origem numa pedreira pré-histórica nas Colinas Preseli, dentro do Parque Nacional de Pembrokeshire Coast, no País de Gales, a 250 quilômetros de Stonehenge. 

Segundo os cientistas, as pedras foram separadas por meio de cunhas de madeira encaixadas entre as rochas, que se expandiam com a umidade natural do local, soltando as peças. Depois elas podiam ser arrastadas por barro em plataformas de pedra ou madeira. 

O mais intrigante é que a pedreira data de 3400 a.C. – 500 anos antes de essas pedras chegarem a Stonehenge. A teoria, então, é que existe outro monumento desconhecido entre a pedreira e Stonehenge, e que as pedras azuis foram movidas depois. Elas foram erigidas lá em 2900 a.C., quatrocentos anos antes das pedras grandes. “Os resultados são muito promissores – esperamos encontrar algo grande em 2016”, afirma a arqueóloga Kate Welham, da Bournemouth University, parte do grupo que fez a descoberta. 
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