Em 1955, o jovem de 14 anos foi linchado até a morte, por supremacistas brancos, em Chicago
Redação Publicado em 25/07/2023, às 19h24
Nesta terça-feira, 25, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a construção de três monumentos nacionais pela memória de Emmett Till, um jovem negro linchado até a morte em 1955, na cidade de Chicago.
O assassinato de Emmett Till, que fermentou o movimento pelos direitos civis dos negros, foi resgatado pelo presidente Biden, que alega ser essencial reconhecer as partes boas e ruins da história do país.
Conforme repercutido pelo G1, os monumentos serão levantados em três locais diferentes na cidade de Chicago: no leito do Rio Mississipi, onde o corpo de Emmett foi descoberto, na igreja onde foi realizado o seu velório e na corte onde os assassinos saíram em liberdade.
O projeto foi anunciado pelo presidente americano em meio a uma série de retrocessos raciais que acontecem no país. Desde 2021, ao menos 40 estados assinaram ou divulgaram propostas de lei que alteram a maneira como a história dos negros é explicada nas instituições de ensino.
O ocorrido se deu após uma mulher branca, chamada Carolyn Donham, afirmar que Emmett teria assoviado para ela e a importunado sexualmente. O jovem de 14 anos foi linchado até a morte por supremacistas brancos, que desfiguraram o corpo de Till, como ficou claro para todo o país, após sua mãe realizar um velório com o caixão aberto para expor a brutalidade que seu filho sofreu.
Na época, os homens responsáveis pelo assassinato de Emmett foram inocentados por um juri composto inteiramente por pessoas brancas. Anos depois, ambos confessaram o crime, mas não foram sentenciados, pois haviam sido absolvidos no passado. Seis décadas depois do ocorrido, em 2017, Carolyn confessou ter inventado toda a história, mas, não foi punida.
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