Fotografia de 2015 mostrando acúmulo de algas marinhas em praia do México - Getty Images
Algas marinhas

8 mil quilômetros de largura: Aglomerado de algas marinhas está viajando para os EUA

Uma enorme quantidade de algas flutuantes está sendo empurrada pelos oceanos na direção do Caribe e de praias norte-americanas

Ingredi Brunato Publicado em 16/03/2023, às 12h37

Um gigantesco aglomerado de algas marinhas flutuantes do gênero sargaço (em que os organismos são na cor parda) com nada menos que 8 mil quilômetros de largura está viajando pelo oceano Atlântico em direção ao Golfo do México. No caminho, o sargaço está previsto para se acumular aos montes em praias do Caribe e do estado norte-americano da Flórida.

Um detalhe importante é que, além de poluir visualmente águas que seriam cristalinas de outra forma, essas algas tendem a exalar um odor de "ovo podre" quando alcançam a areia. Assim, a chegada dos organismos na região caribenha e na costa estadunidense é uma má notícia para o turismo local. 

Vale mencionar que o sargaço é carregado nesta direção pelas correntes marinhas em todos os anos, porém nunca em quantidades tão abundantes. De acordo com especialistas consultados pela CNN, esse aumento drástico na proliferação das algas é causado por um conjunto de fatores, incluindo um ambiente oceânico mais rico em fósforo e nitrogênio. 

A presença maior dessas substâncias nos mares, por sua vez, pode ser ocasionada pela própria ação humana, em atividades como geração de combustíveis fósseis e agricultura — já que elas acabam poluindo rios que então deságuam no oceano.

Problemas 

Fotografia de 2015 no México mostrando morador local limpando praia / Crédito: Getty Images

 

O excesso de sargaço, no entanto, não é simplesmente uma fonte de inconveniência para turistas, como também pode desequilibrar o ecossistema marinho. 

Ele vem em quantidades tão grandes que basicamente suga o oxigênio da água e cria o que chamamos de zonas mortas. Estes são normalmente habitats de berçário para a pesca… e uma vez que são desprovidos de oxigênio, perdemos esse habitat", explicou o professor Brian Lapointe em entrevista à CNN. 

Para piorar, as algas também podem oferecer perigo aos humanos que ficarem perto delas por muito tempo — como aqueles encarregados de limpar a praia, por exemplo. Isso, pois esses organismos, quando em decomposição, liberam sulfeto de hidrogênio, um gás que pode causar problemas respiratórios. 

Estados Unidos Flórida Caribe praias Ecossistema algas marinhas 8 mil quilômetros de largura

Leia também

Dois meses após histórica cirurgia, homem que recebeu rim de porco morre


Veículo da Testa 'aprisiona' mulher nos EUA: 'Assando como um frango'


Queda de avião em lago na Venezuela deixa ao menos dois mortos


Escritora atacada por pitbulls faz postagem de Dia das Mães: ‘Grande presente’


Joe Biden se pronuncia sobre Rio Grande do Sul: 'Ao lado do Brasil'


Reconciliação entre Kate Middleton e Príncipe Harry é cada vez mais improvável