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Brasil

94% ilegal: Desmatamento na Amazônia já destruiu território maior do que a Jamaica em 1 ano

Apesar das promessas do Governo, estudo diz que país está longe de cumprir com a promessa feita para eliminar o desmatamento ambiental ilegal até 2030

Fabio Previdelli Publicado em 18/05/2021, às 11h29

Segundo um estudo feito por pesquisadores brasileiros do Instituto Centro de Vida (ICV), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio do WWF-Brasil, o governo brasileiro segue longe de cumprir com a promessa feita para eliminar o desmatamento ambiental ilegal até 2030.  

Os estudiosos apontam que as autoridades parecem fracassar na implementação de leis para determinar quando e onde há o desmatamento ilegal ou não. Como relembra o UOL, no mês passado o presidente Jair Bolsonaro prometeu durante a Reunião da Cúpula sobre o Clima que medidas seriam tomadas. 

O levantamento feito pelos pesquisadores aponta que 94% do desmatamento é ilegal na Amazônia e na área que abrange parte dos estados do Maranhão, Bahia, Piauí e Tocantins.

Isso se dá pelo fato de que, por mais que haja permissão para os pecuaristas e madeireiros usarem terras, o governo não tem capacidade para documentar se exploração está sendo realmente legal. 

"A diferenciação entre os desmatamentos legal e ilegal é a chave para garantir que as produções agrícola e florestal não estão contaminadas por crimes ambientais”, dizem os pesquisadores em parte do texto. 

O estudo ainda aponta que nos 12 meses anteriores a agosto de 2020, o desmatamento na Amazônia destruiu um território maior do que a Jamaica, o que representa um aumento de 9,5%.

"Bolsonaro fez essa promessa de desmatamento (ilegal) zero, mas como a gente vai saber, se não temos essa informação disponível?", indagou a coordenadora do ICV Paula Bernasconi

"É urgente a necessidade de maior esforço técnico e vontade política para o cumprimento da legislação ambiental e da Lei de Acesso à Informação", completou Raoni Rajão um dos autores do estudo, que é coordenador do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais da UFMG. "Caso contrário, a falta de transparência continuará servindo de escudo para a destruição contínua dos ecossistemas”. 

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