Anna Sorokin fala sobre prisão domiciliar: 'Vivendo melhor que todos vocês'

Meses após a estreia de sucesso da série 'Inventando Anna', a golpista Anna Sorokin, que inspirou a produção, tem dado entrevistas a respeito de sua vida em prisão domiciliar. Para quem não assistiu à série da Netflix, aqui vai um resumo: uma jovem engana a elite de Nova York e até mesmo um banco ao dar golpes se passando por uma herdeira alemã. Agora, a vida de Sorokin é diferente do que muitos imaginavam.

No ano de 2019, a golpista encarou 12 anos de prisão diante de oito acusações que incluem roubo, fraude e até mesmo furto. Vivendo três anos na prisão, o ano de 2021 marcou uma virada na vida de Anna: ela recebeu a condicional. Todavia, o jogo virou quando ela foi presa nos EUA por permanecer no país além do tempo permitido no visto.

Em outubro deste ano, Anna desembolsou US$ 100 mil para pagar a fiança e vive prisão domiciliar em Manhattan. Usando a tornozeleira, Sorokin não tem permissão para usar redes sociais. Ela disse que está "Vivendo melhor do que todos vocês".

Em entrevista à Variety, ela falou sobre a vida longe das grades e a maneira como teria conseguido pagar a fiança. "Não sei por que as pessoas ficam tão surpresas, não é como se eu tivesse feito algo da noite para o dia", disse Anna. "Eu estava trabalhando enquanto estava na prisão e vendi muito da minha arte, não estava apenas sentada sem fazer nada."

Durante a entrevista, Anna não reconhece seus erros na sucessão de eventos que resultaram em sua prisão, mas que sabe como o público reagiu.

"Hoje percebo o quão tóxicas minhas ações poderiam ser vistas. Se eu estivesse em uma posição de autoridade, sei que a geração mais jovem olharia para mim e diria que é uma coisa boa a se fazer. Eu apenas me senti desafiada. Eu estava tipo, 'Eu já fiz tudo o que eles queriam que eu fizesse'. O que mais vocês querem de mim?", afirmou ela.

O futuro

Ela também destacou que os golpes não fazem mais parte de sua vida e que pretende escrever um livro a respeito de sua saga. Outro objetivo de Anna é contatar e apoiar organizações de justiça criminal através de jantares. Um exemplo é o Projeto Marshall, que auxilia a inocentar pessoas presas de maneira irregular.

"Ninguém nunca se importa com meus pensamentos sobre justiça criminal, como eu gostaria de reformar a Justiça ou fazer a diferença", disse ela. "Tenho a credibilidade de alguém que realmente passou pelo sistema, em vez de ser apenas uma pessoa famosa aleatória que precisa de uma causa de estimação."