A descoberta, que sugeriu que os antigos enterravam os falecidos em posição fetal, foi feita em uma fazenda na região de Vinces
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/08/2021, às 11h07
Os antigos habitantes da cidade de Vinces, na província de Los Ríos, no Equador, tinham uma maneira bastante peculiar de enterrar seus mortos.
Foi o que revelou uma descoberta feita em uma fazenda da região, anunciada pelo site local ALDIA.
Urnas funerárias feitas de cerâmica, que guardavam restos mortais de indivíduos que viveram entre 900 a 1534 d.C., foram encontradas totalmente ao acaso por trabalhadores que manejavam o solo do terreno. Com a identificação do material, eles receberam ajuda de maquinaria pesada para retirar a terra da área.
As peças foram levadas para pesquisadores do escritório regional do Instituto do Patrimônio Cultural (INPC), responsáveis por examiná-las.
Os pesquisadores sugeriram que os antigos túmulos datam do período pré-hispânico e que as pessoas enterradas faziam parte da cultura milagro-quevedo, que existiu pouco antes da colonização espanhola no continente.
A partir da descoberta, os especialistas também puderam entender mais sobre as práticas funerárias do antigo povo, que foi um dos últimos a habitar a região do Equador antes de os espanhóis chegarem.
Segundo os arqueólogos, as urnas funerárias de cerâmica encontradas na fazenda sugerem que a cultura enterrava seus falecidos em posição fetal. Além disso, os restos mortais também eram geralmente encontrados com objetos pessoais.
O prefeito de Vinces, Freddy Valencia, informou ainda por meio de uma publicação no Facebook do governo municipal que a fazenda revelou outra descoberta arqueológica importante para a região, que ainda possui poucas informações mas será analisada por especialistas.
Ele afirmou que foram encontradas evidências de que o local foi habitado por uma população durante o período Paleolítico, que chegou ao fim em 10.000 a.C.
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