Ronnie Long ficou mais de 40 anos preso injustamente - Divulgação/ Youtube
Estados Unidos

Após 44 anos na prisão, homem inocente é libertado nos Estados Unidos

Ronnie Long, de 64 anos, passou a maior parte da sua vida preso por um crime que sempre afirmou nunca ter cometido

Caio Tortamano Publicado em 02/09/2020, às 19h00

Depois de 44 anos, um homem negro foi finalmente libertado da prisão depois de ter sido preso erroneamente pelo estupro de uma mulher branca. O júri, composto inteiramente por brancos, o condenou a prisão em 1976 no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Ronnie Long, de 64 anos, foi preso injustamente com evidências forenses que apontavam para outro suspeito, porém, de acordo com o advogado do homem, Jamie Lau, não foram entregues aos promotores pelo estado. Além disso, segundo o advogado, os policiais teriam cometido perjúrio durante o julgamento do homem.

Um novo júri reabriu o caso, e apontou a violação de direitos de Long, que não teve as provas alegando a sua inocência apresentadas na defesa. Ele foi acusado de ter estuprado Sarah Judson, depois de ter, supostamente, a ameaçado com uma faca na casa dela.

Entre as evidências que inocentaram o homem estavam exames laboratoriais, evidências de DNA e 43 outras impressões digitais do quarto da vítima, nenhuma pertencendo a Long. Depois de preso, o homem teve que esperar 10 anos para entrar com um apelo para a justiça reaver o seu caso, e desde 1986 tenta sair da prisão.

Apesar de tudo, Ronnie contou à emissora americana NBC que acreditava que sua inocência seria comprovada: “Sempre acredite que você consegue superar as adversidades”, aconselha o homem. O caso ainda não está totalmente fechado, mas o homem está confiante de que todas as acusações serão retiradas.

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