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Brasil tem maior número de escravizados em quase 10 anos

Índice de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão já passa de 2.100 em 2021

Fabio Previdelli Publicado em 02/12/2021, às 19h00

Em meio à crise que o país vive atualmente, os números de pessoas resgatadas em situações análogas à escravidão atingiu sua maior marca em quase uma década — desde 2013, para ser mais exato. 

Segundo informado pelo colunista do UOL Leonardo Sakamoto, só neste ano de 2021, mais de 1.700 pessoas foram resgatadas por instituições públicas que agem no combate da escravidão. Há oito anos, o Estado libertou 2.113 pessoas. 

Em um parâmetro mais amplo, 57 mil pessoas foram tiradas da escravidão desde 1995. O ano recorde aconteceu em 2007, quando 6.025 trabalhadores foram resgatados. Já 2017 foi o ano com uma das menores taxas (640). Desde então tivemos 2018 com 1.154 casos, 2019 com 1.052 e 2020 com 936.

Os números, porém, são influenciados por diversos fatores. Um dos principais diz respeito ao número de estabelecimentos inspecionados que, em 2021, pode ultrapassar os 300, conforme explica Sakamoto

Em termos comparativos, o índice ficaria apenas abaixo de 2013, novamente, quando 313 operações ocorreram. Desde então, esse número variou entre 211 (o mais baixo, em 2016) e 293 (o maior, em 2014).

Outro ponto fundamental diz respeito a quanto o Estado prioriza o combate à escravidão. O colunista cita que, desde o governo de Dilma Rousseff, o país vem sofrendo com faltas de verba, o que se traduz em veículos sem combustível para participar de operações, por exemplo. 

Apesar do aumento do índice, isso não possibilita afirmarmos que tivemos um retrocesso na luta contra à escravidão, apenas significa que o número de resgatados, e/ou de denúncias, foi maior. O que não significa, necessariamente, que houve um maior investimento do governo nesse tipo de agenda.

Um fato, porém, que deve ser levado em consideração é o atual momento do país. Afinal, impulsionado pela pandemia da Covid-19, o aumento da vulnerabilidade aumenta os riscos da população cair em condições análogas à escravidão. 

Para ler a coluna completa de Leonardo Sakamoto, com mais informações, clique aqui.

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