Thalita já atuou em outras duas guerras antes de ir para a Ucrânia - Divulgação / Redes Sociais
Ucrânia

Brasileira que morreu na guerra da Ucrânia atuou em Brumadinho e enfrentou o Estado Islâmico

Ex-militar brasileiro também foi morto no bombardeio da Guerra da Ucrânia, no último sábado, 2

Redação Publicado em 04/07/2022, às 20h04

A brasileira Thalita do Valle, de 39 anos, foi morta durante a guerra na Ucrânia na madrugada do último sábado, 2. A atriz, modelo, estudante de direito, socorrista, ativista da causa animal e atiradora de elite defendia as tropas ucranianas e estava em um bunker em Kharkiv.

Há 3 anos, Thalita também lutou contra o Estado Islâmico no Iraque, Curdistão Iraquiano e Curdistão Sírio. A família da mulher relatou que no país ela recebeu treinamento para se tornar atiradora de elite e fazer parte de um grupo chamado de “Peshmerga”, segundo a entrevista da família ao Uol.

Além dela, Douglas Búrigo, ex-militar do exército brasileiro, de 40 anos, também foi atingido pelo bombardeio depois de voltar ao local para tentar resgatar Thalita. O irmão da mulher, Théo Rodrigo Vieira a chamou de heroína: “A vocação dela era salvar vidas, correndo atrás de missões humanitárias."

Trajetória de luta

De acordo com Theo, Thalita estava na Ucrânia fazia cerca de 3 semanas e resgatava pessoas, protegê-las e dar cobertura como atiradora de precisão eram suas principais funções. De início ela teria ido para a Polônia, para ajudar pessoas a fugirem do país, segundo o portal Itatiaia.

Depois disso, ela foi para Kiev, capital da Ucrânia, e lá tentou contatar a família 48 horas após bombardeios. Conforme informações de seus familiares, o contato era bem rápido, já que os telefones eram monitorados por drones russo, segundo Thalita teria dito. Eles conversaram pela última vez em 27 de junho, quando estava a caminho da cidade em que morreu.

A mulher também atuava em ONGs de proteção animal e já enfrentou outros cenários cruéis. Em 2015, ela esteve com uma equipe de socorristas em Mariana, onde 19 pessoas morreram devido ao rompimento da barragem da Samaco, e, em Brumadinho, que registrou 270 óbitos.

guerra Ucrânia mulher Brumadinho Kiev Mariana morta brasileira socorrista

Leia também

Javier Milei, presidente da Argentina, clonou seus cachorros? Entenda!


Novo estudo aponta "primeiro animal antigo hospedeiro da lepra"


Pedaço de raro pigmento púrpura é descoberto na Inglaterra


Após 115 anos, navio que desapareceu com 14 tripulantes é identificado nos EUA


Pesquisadores recriam em 3D rosto de mulher neandertal de 75 mil anos atrás


Maldição por trás da abertura da tumba de Tutancâmon é desvendada