Marcello Monteiro Macedo Júnior em registro - Arquivo Pessoal
Guerra da Ucrânia

Brasileiro voluntário na Guerra da Ucrânia desaparece: 'Foi vontade dele'

Voluntário na Guerra entre a Ucrânia e a Rússia, brasileiro que defende o exército ucraniano desapareceu; família acredita que ele morreu

Thiago Lincolins Publicado em 02/12/2023, às 11h00

Um brasileiro que atua como voluntário das forças ucranianas durante o conflito travado com a Rússia está desaparecido. Marcello Monteiro Macedo Júnior, de 35, não deu informações aos familiares desde último dia 21. Os mais próximos suspeitam que ele tenha morrido.

Como resultado, a família agora pede ajuda a embaixada do Brasil e o governo da Ucrânia. Conforme o Itamaraty, existe a possibilidade do jovem ter falecido em combate. Além disso, é possível que o corpo de Marcello não seja recuperado.

De acordo com Tatiana Macedo, tia do voluntário, ele costumava dar atualizações. "Ele sempre falava: 'estou indo, estou voltando'. Deduzi que ele foi para o campo de batalha e não voltou", explicou ela ao portal de notícias g1. 

A família agora busca informações sobre o combatente. A tia de Marcello diz que quer certidão de óbito e pertences do sobrinho. 

"Se existirem restos mortais dele, está debaixo do gelo. Do dia que ele desapareceu até hoje, não existe mais corpo... Eu quero o comprovante que ele faleceu, queria saber como foi. Quero certidão de óbito, os pertences, tudo que ele levou, quero que nos tragam", disse ela. 

Sonho frustrado

Ele nasceu no Espírito Santo, mas residia em Raul Soares, município em Minas Gerais. De acordo com a tia de Marcello, seu sonho era atuar no exército brasileiro. Ao se alistar, entretanto, não foi aceito. 

"Era o sonho dele ser do exército, sempre foi, desde novinho. Não conseguiu e passou a fazer outras coisas. Em 2017, foi definitivamente para Portugal e, lá, começou a trabalhar em restaurantes, trabalhar com plantio de árvores...", disse Tatiana ao veículo.

Tudo mudou no último ano, quando a Ucrânia passou a recrutar voluntários para atuarem nas forças armadas da nação. Para Marcello, seria uma chance de 'ajudar pessoas'. 

"Foi vontade dele. Foi servir um país que não é dele, lutou tanto. Dizia que ia morrer herói, defendendo a paz", explicou ela. 

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