O super telescópio encontrou um buraco negro que estava em atividade quando o Universo tinha menos de 1 bilhão de anos
Ingredi Brunato Publicado em 12/07/2023, às 14h33
Uma equipe de astrônomos dos Estados Unidos anunciou ter recentemente detectado o mais antigo buraco negro ativo já descoberto pela ciência. A região espacial já estava consumindo a matéria ao seu redor quando o Universo tinha apenas 570 milhões de anos — e isso levando em conta que, atualmente, ele tem 13,8 bilhões.
Assim como boa parte dos buracos negros mais impressionantes do espaço sideral, esse está localizado no coração de uma galáxia, a CEERS 1019.
Um outro detalhe surpreendente a respeito do objeto espacial é que ele tem uma massa equivalente a "apenas" 9 milhões de sóis. Esse número, embora ainda seja classificado como "supermassivo", é pequeno em comparação com outros buracos negros do início do Universo que observamos no passado, que por vezes tem vários bilhões de vezes a massa de nosso Sol.
O buraco negro no interior da Via Láctea, por exemplo, tem uma massa de 4,5 milhões de sóis, e ele é considerado relativamente novo para os parâmetros astronômicos.
A descoberta apenas foi possível com o auxílio do super telescópio James Webb, que foi inaugurado em dezembro de 2021 e possui muito mais alcance e definição que qualquer outro equipamento de observação espacial já construído pela humanidade.
Até agora, a pesquisa sobre objetos no início do Universo era amplamente teórica. Com o Webb, não só podemos ver buracos negros e galáxias a distâncias extremas, como também podemos começar a medi-los com precisão. Esse é o tremendo poder deste telescópio", apontou Steven Finkelstein, o líder do estudo, segundo repercutiu o LiveScience.
+ Para conferir a pesquisa, clique aqui.
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