Douglas Búrigo pode ter sido vítima de crime de guerra, na última sexta, 1° de julho
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/07/2022, às 17h32
Em 1° de julho, na cidade de Kharkiv, na Ucrânia, Douglas Búrigo, de 40 anos, foi atingido por um bombardeio. Ele faz parte dos 3 brasileiros que foram mortos durante a guerra na Ucrânia. Ele foi morto junto a Thalita do Valle, de 39 anos. Dodo, como era chamado pelos mais íntimos, saiu da cidade natal em 22 de maio e falou com a família pela última vez em 27 de junho.
Sandro Silva, de 37 anos, disse em entrevista ao portal GZH que Douglas “morreu como um herói”. Sandro é comandante do pelotão onde o gaúcho atuava antes de se unir às tropas ucranianas. Silva é tenente da reserva do Exército e comanda o grupo de soldados formado por brasileiros, colombianos e espanhóis. Quando a tropa foi atacada na última sexta-feira, 1° de julho, Silva estava com Douglas.
Foi ele quem avisou a família de Búrigo. Apesar de ter conhecido o combatente por pouco tempo, ele o considerava um homem incrível, com um astral que elevava toda a tropa. “Douglas era um cara sensacional. Uma hora antes de sermos atacados, ele tinha ido buscar água para eu tomar banho. [...]Ele passou pouco tempo com a gente, mas era um cara sensacional. Fez amizade com todo mundo e estava contente de ajudar e de estar com a gente”, lamentou o comandante.
Silva ainda contou como aconteceu o ataque que matou a dupla de brasileiros: “Eles (russos) nos descobriram com drones e nós fomos bombardeados. Atacaram a nossa casa de segurança. Quando o primeiro disparo atingiu a moradia todo mundo correu para o bunker, nosso abrigo subterrâneo”.
Ele também conta que isso pode ser classificado como crime de guerra. Segundo ele a munição era incendiária, que é proibida. “No terceiro disparo eu ouvi um som diferente, não era um morteiro”, relatou ele ao lembrar de quando ele tentou salvar a colega.
A família de Douglas vai autorizar a cremação do corpo do brasileiro para que as cinzas sejam trazidas para o Brasil. Para que isso aconteça, a família terá que assinar um documento, mas o recebimento dessa documentação ainda não tem definição de data, segundo o portal GZH, via Pioneiro.
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