A amostra fóssil revelou que a antiga espécie tinha a capacidade de realizar movimentos diferentes dos seres humanos de hoje
Isabela Barreiros Publicado em 17/03/2020, às 13h33
Um novo estudo realizado com a amostra fóssil do crânio do australopiteco, mais conhecido como Little Foot (Pé Pequeno), revelou a cientistas informações importantes sobre o antigo ancestral humano. A espécie viveu na Terra há 3,67 milhões de anos, e sua vida é objeto de pesquisa de muitos arqueólogos ao redor do mundo.
O principal ponto analisado foi a estrutura óssea do fóssil. De acordo com o artigo final publicado na revista cientifica Scientific Reports pelos pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, eles encontraram a primeira vértebra cervical adulta mais completa já descoberta no australopiteco.
A partir da evidenciação, foi possível demonstrar que a antiga espécie de mais de 3 milhões de anos podia realizar movimentos com a cabeça que eram diferentes do que os seres humanos modernos conseguem fazer atualmente.
"Nosso estudo mostra que o Australopithecus foi capaz de movimentos da cabeça que diferem de nós. Isso pode ser explicado pela maior capacidade do Australopithecus de subir e se mover nas árvores. No entanto, um espécime do Australopithecus do sul da África mais jovem que 'Little Foot' (provavelmente mais jovem cerca de 1 milhão de anos) pode ter perdido parcialmente essa capacidade e passado mais tempo no terreno, como nós hoje”, explica a principal autora da tese Amélie Beaudet.
Segundo ela, o atlas, ou seja, a morfologia da primeira vértebra cervical do crânio do australopiteco, “tem o potencial de fornecer novas ideias sobre a evolução da mobilidade da cabeça e do suprimento arterial para o cérebro na linhagem humana”.
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