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Deus não apoia a guerra, diz papa Francisco após crítica implícita ao patriarca russo

Durante conferência entre os líderes religiosos, papa Francisco supostamente crítica o patriarca ortodoxo russo Kirill

Redação Publicado em 14/09/2022, às 15h59

Nesta quarta-feira, 14, o papa Francisco criticou de forma subentendida o patriarca ortodoxo russo Kirill, falando que Deus não comanda as religiões para guerra, durante um encontro entre os líderes religiosos. Kirill, além de boicotar a conferência ao enviar o número 2 da igreja ortodoxa russa no seu lugar, também apoia as invasões realizadas na Ucrânia.

A declaração foi feita ao encontrar o bispo Anthony, o número 2 da igreja ortodoxa russa, durante o seu segundo dia no Cazaquistão para realizar um discurso no Sétimo Congresso de Líderes Mundiais e Religiões Tradicionais.

Segundo informações do UOL, o papa declarou que "Deus é paz. Ele sempre nos guia no caminho da paz, nunca no da guerra", enquanto discursava em uma enorme mesa redonda no Palácio da Independência do Cazaquistão.

Vamos nos comprometer, então, ainda mais a insistir na necessidade de resolver os conflitos não pelos meios inconclusivos do poder, com armas e ameaças, mas pelo único meio abençoado pelo céu e digno do homem: encontro, diálogo e negociações pacientes", disse o papa Francisco.

O congresso busca realizar encontros com os líderes religiosos cristãos, judeus, hindus, budistas, muçulmanos e entre outras religiões.

Ainda durante o seu segundo dia no Cazaquistão, o papa participou de uma missa que contou com aproximadamente 6.000 membros da comunidade católica do país e questionou "quantas mortes ainda serão necessárias" até que a guerra acabe através da conversa. Kirill se mostrou ser a favor à invasão da Ucrânia pela Rússia, algo que o papa Francisco é totalmente contra.

Essa não foi a primeira vez que o papa comentou sobre o líder ortodoxo russo. Ainda neste ano, o líder religioso disse em outra conferência, que Kirill não deveria ser o "coroinha" do presidente russo, Vladimir Putin.

O sagrado nunca deve ser um suporte para o poder, nem o poder um suporte para o sagrado!".
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