Fotografia de uma pequena lula bobtail - Hans Hillewaert/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Ciência

Em estudo inédito, SpaceX irá enviar 129 lulas para o espaço

Além da espécie marinha, os pesquisadores norte-americanos também devem levar 5 mil tardígrados até a Estação Espacial

Pamela Malva Publicado em 31/05/2021, às 11h30

Na próxima quinta-feira, 03, a SpaceX, empresa espacial de Elon Musk, irá enviar sua 22ª missão de reabastecimento para a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). Dessa vez, contudo, além dos suprimentos, o foguete Falcon 9 também levará 129 lulas bobtail e 5 mil tardígrados (os microorganismos mais resistentes do mundo) em sua bagagem.

Acontece que, em uma viagem inédita para a empresa, as duas espécies serão enviadas para o ambiente de microgravidade a fim de estudar seus comportamentos nesse contexto. Entre as lulas, que são conhecidas por brilharem no escuro, portanto, um dos indivíduos é adulto, enquanto os outros 128 são filhotes, segundo o UOL.

O foguete deve decolar às 14h29 (no horário de Brasília), partindo do Centro Espacial Kennedy, localizado na Flórida, Estados Unidos. O lançamento, de acordo com a SpaceX, deve ser transmitido no canal do Youtube da própria empresa espacial.

As lulas farão parte do estudo Umami (Compreendendo a Microgravidade nas Interações entre Animais e Micróbios, em inglês), liderado pela professora Jamie Foster, do departamento de microbiologia e ciência celular da Universidade da Flórida. O objetivo, no geral, é identificar a relação entre os animais e seus micróbios naturais no espaço.

"Animais, incluindo humanos, dependem de micróbios para manter um sistema digestivo e imunológico saudável", explicou a professora, em entrivista à CNN. "Não entendemos totalmente como o espaço muda essas interações benéficas. O experimento Umani usa uma lula bobtail que brilha no escuro para investigar essas questões."

Já os tardígrados, ou ursos d'água, famosos por sobreviver ao deserto, ao frio congelante e a altos níveis de calor, serão testados para observar quais são as medidas tomadas por  seus organismos para se adaptar à microgravidade do espaço. Tal estudo será liderado por Thomas Boothby, professor de biologia molecular na Universidade de Wyoming.

Esta, contudo, não é a primeira vez de nenhuma das espécies no espaço. Enquanto as lulas já deram uma volta na órbita da Terra sob observação da própria professora Jamie Foster, em 2011, acredita-se que os tardígrados já tenham “colonizado” a Lua quando uma nave que carregava milhares deles caiu no satélite natural em abril de 2019.

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