A SpaceX será responsável por lançar satélites militares ao espaço
Ingredi Brunato Publicado em 12/08/2020, às 18h14
A decisão envolvendo um contrato multibilionário foi divulgada na última sexta-feira, 7, pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Outros fornecedores de equipamento militares estabelecidos também competiram pelo acordo, porém acabaram perdendo para a SpaceX e outra empresa americana chamada United Launch Alliance (ULA).
O contrato marca o início da Fase 2 do programa National Security Space Launch (NSSL), da Força Aérea. Ele tem como objetivo garantir que as Forças Aéreas dos EUA alcancem infraestrutura suficiente para enviar satélites ao espaço.
Atualmente, o Pentágono depende de motores de foguete RD-180, que são de fabricação russa. No entanto, desde 2014, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o Departamento de Defesa tem considerado mudar isso.
"Embora o motor seja construído na Rússia, o acesso ao motor nunca pareceu estar em perigo, apesar dos altos e baixos nas relações EUA-Rússia desde o fim da Guerra Fria", revelou o analista Jeff Foust em 2014 para o The Space Revisão. "Mas o agravamento das relações com a Rússia por causa da crise da Ucrânia levantou preocupações de que a Rússia pudesse bloquear as exportações do motor para os EUA".
Ao que tudo indica, a empresa de Elon Musk foi selecionada para ajudar na realização dessa tarefa por conta do custo-benefício de seu produto: os foguetes da SpaceX são mais baratos que de outras empresas tradicionais.
Vale mencionar que no passado ele entrou em batalha jurídica contra as Forças Aéreas por conta da compra dos motores russo, com o argumento que prejudicava a concorrência nacional.
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