Os restos mortais seriam de um jovem adulto, que viveu entre aproximadamente 3300 e 2900 a.C.
Daniela Bazi Publicado em 18/12/2019, às 08h00
Durante uma escavação perto do rio Yellow, no centro-leste da China, pesquisadores encontraram um esqueleto humano que teria sofrido de uma forma rara de nanismo, com mais de 5.000 anos.
Outros corpos de pessoas que viveram entre aproximadamente 3.300 e 2.900 a.C., também foram encontrados. Ao perceberem que um dos esqueletos era menor e mais frágil que outros, os arqueólogos iniciaram uma investigação aprofundada, e descobriram ser de um jovem adulto que sofria de nanismo. Em arquivos, existem apenas 40 casos de pessoas que tinham essa condição.
Segundo o co-autor da pesquisa e arqueólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, “Eu acho que é importante reconhecer que a deficiência e a diferença podem ser encontradas no passado, mas elas não necessariamente conotações negativas social ou culturalmente. Os textos históricos antigos mostram que eles podem, de fato, ter sido reverenciado em algumas situações".
Os profissionais também descobriram que o jovem tinha membros curtos e o tronco e a cabeça eram pequenos, sendo diagnosticado com nanismo proporcional, que é raro nos registros arqueológicos de seres humanos vivos. Nas formas mais comuns dessa condição, os membros acabam crescendo desproporcionalmente menores que o tronco e a cabeça.
De acordo com os arqueólogos, a baixa estatura pode ter sido causada pelo mau funcionamento de glândulas como a tireoide e a hipófise. O fato teria prejudicado seus níveis hormonais, afetando o crescimento ósseo, o funcionamento dos órgãos e o desenvolvimento cognitivo.
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