Arqueólogos estudaram o uso de diversos modelos de imagens usadas na marcação de paredes pelos aborígenes
André Nogueira Publicado em 02/06/2020, às 07h00 - Atualizado às 07h37
Uma nova pesquisa conduzida na Austrália explora uma área pouco conhecida da arte rupestre aborígene: o uso de modelos (ou, como normalmente são chamados, estênceis) na modelagem de formas. Fato partiu de uma série de desenhos detalhados e de dimensões pequenas demais para o nível de precisão de uma mão livre, abrindo espaço para a compreensão sobre temas pré-fabricados para pintura.
Dezessete imagens foram reveladas na caverna Yilbilinji, no norte do país, em associação entre autoridades, arqueólogos e comunidades tradicionais, revelando o uso desses modelos que barram a tinta e deixam marcado o formato na parede, segundo artigo divulgado na revista Antiquity. Os artefatos desse sítio revelam motivos diferentes: humanoides, cangurus, armas como bumerangues, formas geométricas, tartarugas, etc.
Segundo o antropólogo John Bradley à revista Cosmos, “os pesquisadores decidiram testar se a cera de abelha poderia ter sido usada para fazer os estênceis em miniatura". "Nossas experiências envolvendo aquecimento e modelagem de cera de abelha em figuras humanas, animais, objetos e formas geométricas, e depois estampadas em uma cera de abelha confirmada por uma laje de rocha, eram um excelente material para fazer estênceis em miniatura".
O uso desses objetos, cujos relatos são raros no mundo, podem trazer novas reflexões sobre a arte, e seu significado ainda é razão de debate. Segundo Amanda Kearney, da Universidade de Flinders, "essa descoberta acrescenta outra dimensão ao registro australiano e global de arte rupestre".
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