Costas da americana com nódulos - Divulgação/New England Journal of Medicine
Medicina

Estudo revela que mulher tinha larvas crescendo em costas e nádegas

As “picadas de mosquito” no corpo da americana de 62 anos foram relatadas em estudo publicado no New England Journal of Medicine

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 17/08/2021, às 09h42

O periódico New England Journal of Medicine compartilhou na última quinta-feira, 12, as considerações de pesquisadores sobre um caso bastante peculiar que aconteceu nos Estados Unidos. Os cientistas avaliaram uma mulher que apresentava “picadas de mosquito” em seu corpo.

A estadunidense de 62, como relatou a revista Galileu, procurou uma clínica dermatológica para tratar de seis nódulos identificados em seu corpo, afirmando que estava sentindo que estava sendo “picada”.

Ela começou a tomar remédios para o que os especialistas entenderam como uma infecção bacteriana, mas não melhorou.

Os médicos começaram a investigar o caso mais a fundo quando a mulher relatou que esteve na Colômbia e acreditava ter sido picada por mosquitos durante a viagem.

A partir disso, eles passaram a observar as marcas mais atentamente e perceberam que existia uma substância ali e que algo estava se mexendo.

Larvas retiradas do corpo da mulher / Crédito: Divulgação/New England Journal of Medicine

 

Foi assim que os profissionais de saúde chegaram à conclusão que se tratava de miíase, uma infecção de pele causada por larvas de mosca. Os ovos da mosca entram na pele do indivíduo hospedeiro por meio de uma ferida e isso acontece geralmente a partir de um mosquito, durante uma picada.

No caso da americana, ela estava com seis larvas de mosca-varejeira, da espécie Dermatobia hominis, nascendo e crescendo em regiões específicas de seu corpo, como costas e nádegas, onde estavam os nódulos. 

No artigo, os pesquisadores escreveram: "Embora incomum nos Estados Unidos, é importante considerar a miíase quando as lesões cutâneas características se desenvolvem em um viajante que retorna [de uma viagem]".

A senhora recebeu anestésicos como tratamento, além de ter as seis larvas retiradas de seu corpo. “No acompanhamento de 1 semana, as lesões foram parcialmente resolvidas e a paciente relatou uma redução de 70% em seus sintomas", completaram os especialistas. 

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