Criada em 1893, a pintura, que é uma das maiores telas do expressionismo, escondeu um segredo durante décadas
Pamela Malva Publicado em 22/02/2021, às 18h30
Quando terminou de pintar O Grito, uma de suas obras mais famosas, em 1893, Edvard Munch foi fortemente criticado. Décadas mais tarde, a verdade por trás de uma mensagem escondida na clássica pintura do artista norueguês foi descoberta.
Há muitos anos, percebeu-se que, no canto da tela feita por Munch, uma frase se escondia entre os traços do pintor. Escritas a lápis, segundo a BBC, as curiosas letras formam a oração: "Só pode ter sido pintada por um louco".
Por muito tempo, então, especialistas questionaram se aquela era a letra de Munch ou de alguém que vandalizou a obra do pintor. Utilizando uma tecnologia de ponta, testes feitos pelo Museu Nacional da Noruega revelaram a verdade por trás da sentença.
"A escrita é, sem dúvida, do próprio Munch", afirmou a curadora do museu, Mai Britt Guleng. Tal descoberta só foi possível através de varreduras infravermelhas e de análises e comparações feitas nos diários e cartas escritas pelo norueguês.
Dessa forma, acredita-se que, após a primeira exibição da obra — ocorrida em 1893 — o artista não gostou nada das críticas que recebeu, que apontavam para sua instabilidade mental. Em seus diários, então, ele disse estar profundamente magoado com a reação do público e, por isso, provavelmente escreveu a frase na tela, como forma de protesto.
Tantas décadas depois, a obra O Grito é uma das protagonistas da futura exposição do Museu Nacional da Noruega em homenagem ao artista. Programada para 2022, a mostra ainda contará com peças de Munch como Madonna e The Dance of Life.
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