Leslie Van Houten chegando ao tribunal - Los Angeles Times Photographic Collection at the UCLA Library via Wikimedia Commons
Família Manson

Família Manson: Assassina pode ser a primeira a ganhar liberdade condicional

Condenada à prisão perpétua, Leslie Van Houten está presa há 53 anos pelo assassinato do casal Leno e Rosemary LaBianca

Fabio Previdelli Publicado em 11/07/2023, às 10h20

Condenada à prisão perpétua, Leslie Van Houten pode se tornar a primeira mulher da Família Manson a deixar a prisão e passar a cumprir a pena em liberdade condicional. Agora com 73 anos, ela tinha apenas 19 quando entrou na seita, sendo a caçula do grupo liderado pelo lunático Charles Manson.

O primeiro julgamento de Leslie aconteceu em 1971 por um assassinato cometido dois anos antes. Na ocasião, ela confessou que esfaqueou por cerca de 15 vezes a barriga da esposa de um empresário.

Além do crime brutal, a mulher também confidenciou ter limpado suas digitais da cena do crime, queimado as próprias roupas e ainda ter roubado queijo e leite achocolatado da geladeira das vítimas. Após 53 anos presa, conforme recorda matéria publicada pelo G1, Leslie Van Houten pode deixar a prisão para cumprir sua pena em liberdade condicional.

A decisão acontece após a Suprema Corte da Justiça da Califórnia decidir que Leslie atende as condições necessárias para ter sua pena revertida para liberdade condicional. O governador do estado, Gavin Newson, que tinha o direito de reverter a decisão, disse que não fará, mesmo não concordando com a medida.

Mais de 50 anos após o culto de Manson cometer esses assassinatos brutais, as famílias das vítimas ainda sentem o impacto", apontou.

Por outro lado, a juíza Helen I. Bendix, da Justiça da Califórnia, explicou a decisão: "Van Houten tem apresentado esforços de reabilitação extraordinários, perspicácia, arrependimento, planos realistas de liberdade condicional, apoio da família e amigos, relatórios institucionais favoráveis".

Leslie Van Houten já relatou arrependimento pelos crimes cometidos enquanto fez parte da Família Manson. A mulher alegou que, na época, lidava com problemas mentais que eram agravados pelo uso de LSD. Ela dizia acreditar que Charles Manson seria Jesus Cristo.

A condenação de Leslie e de outros membros da seita se deu pelo brutal assassinato do casal Leno e Rosemary LaBianca, que ocorreu em agosto de 1969. O sujeito era um comerciante de 44 anos, enquanto a mulher, de 38, era sua esposa. Os dois foram assassinatos em sua residência, localizada em Los Angeles.

Segundo registros da época, os assassinos invadiram o endereço na parte da noite. Enquanto Leslie teria esfaqueado Rosemary, o próprio Charles Manson teria atacado com uma baioneta. O sangue das vítimas também serviu para frases serem escritas nas paredes e geladeira do imóvel, como "morte aos porcos" e também ao nome que o líder dava às suas teorias apocalípticas: "helter skelter".

Um dia antes do assassinato de Leno e Rosemary LaBianca, a seita de Manson invadiu a casa do diretor Roman Polanski e assassinou sua esposa, Sharon Tate, de 26 anos que estava grávida de oito meses — o crime mais emblemático da Família Manson. Outras quatro pessoas que estavam no local também foram mortas. Leslie foi presa apenas três meses depois.

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