NFTs do projeto 'Meta Slave' - Divulgação/Meta Slave/Open Sea
Curiosidades

Fotos de pessoas negras são vendidas como ‘NFTs de escravos’

O projeto ‘Meta Slave’ foi imensamente criticado nas redes sociais na última semana

Redação Publicado em 02/02/2022, às 11h58

Na última semana, uma coleção de NFTs causou polêmica nas redes sociais. Isso porque fotos de pessoas negras começaram a ser vendidas sob um título que contém a palavra “Slave”, escravo, em português na maior plataforma e marketplace de NFTs do mundo, a Open Sea.

O projeto ‘Meta Slave’ disponibilizou 971 tokens de um total de 1.865 NFTs da coleção, conforme anunciado em 25 de janeiro. O objetivo seria “honrar a abolição da escravidão”, e até mesmo a quantidade de tokens faz referência ao ano em que a escravidão foi oficialmente abolida no país, em 1865.

O primeiro NFT anunciado pelo projeto foi um que contava com a imagem de George Floyd, homem negro que morreu em maio de 2020, vítima de violência policial e racismo. O nome do token é “Meta Slave #1 “I can’t breathe” (‘Não consigo respirar’, em referência ao que ele disse aos policiais antes da morte).

Nas redes sociais, a repercussão da coleção foi essencialmente negativa e causou grande polêmica, em que os criadores do projeto foram acusados de racismo, como notificou o portal TecnoBlog. Os responsáveis tentaram se retratar pelo ocorrido.

“Com este projeto, queremos mostrar a todos que nunca esqueceremos as vítimas e o sofrimento de nossos ancestrais, devemos relembrar a história para que isso não aconteça novamente… Este projeto foi inspirado pelo Black Lives Matter e também em homenagem a George Floyd”, escreveram.

We are pleased to announce the rebranding of our collection👇https://t.co/N7gYbKIcvm#OpenSeaNFT #NFT #NFTCommunity #NFTartists #Ethereum #art #NFTs #buyNFT #fypシ pic.twitter.com/FvQcdMmf7g

— META HUMANS (@MetaHumanWorld) February 1, 2022

Eles também mudaram grande parte do projeto e fizeram um rebranding. A imagem de perfil no Twitter agora é a de uma mulher branca e a imagem do banner conta com pessoas de diferentes cores. Na plataforma, também foi comunicado que “haverá outras coleções no futuro: branca, asiática, etc”.

Estados Unidos escravidão História racismo notícia NFT

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