Guerra da Ucrânia: Rússia apresenta objetivo mínimo para encerrar conflito

A Guerra da Ucrânia se iniciou com a invasão russa ao território ucraniano, no dia 24 de fevereiro deste ano, de forma que já se estende por 7 meses. No entanto, finalmente o conflito apresenta sinais de que pode estar próximo ao fim, com a afirmação do Kremlin de que o conflito deve durar "no mínimo até a liberação da República Popular de Donetsk", como informado por Dmitri Peskov, porta-voz russo, em conferência.

Donetsk é uma república autoproclamada e uma das duas províncias ucranianas que compõem a região do Donbass — esta que é majoritariamente russófona e controlada por separatistas pró-Rússia —, junto à Lugansk. O reconhecimento das regiões como se fossem russas foi, inclusive, um dos pretextos para o início da invasão, em fevereiro.

Visto isso, os representantes Denis Pachilian, de Donetsk, e Leonid Psetchnik, de Lugansk foram em direção à Moscou na última terça-feira, 27, após a finalização de referendos para a anexação dos territórios de Donbass à Rússia. Além deles, ainda, as áreas de Kherson e Zaporíjia também o fizeram, o que é questionável para o Ocidente, visto que se tratam de regiões recém-ocupadas.

Contraofensiva

A fala de Peskov, de que o conflito no território ucraniano deve se estender no mínimo até a liberação de Donetsk, evidencia que a fronteira que o Kremlin quer estabelecer ainda não está sob seu total controle. Isso porque, enquanto o controle russo sob Lugansk — que já deve ser anexada ao território russo — é praticamente absoluto, enquanto em Donetsk ainda é de apenas cerca de 60%, como informado pela Folha de S. Paulo.

A dificuldade em controlar a região se deve principalmente à recente contraofensiva ucraniana nas regiões dominados pela Rússia, que impactou na reconquista, até agora, de cerca de 5% de seu território, com a vitória na região de Kharkiv. No entanto, a vitória fez com que Putin decidisse mudar sua estratégia de dominação e, com isso, agora os avanços ucranianos se encontram estagnados.