Reprodução do Pampadromaeus barberenai - Divulgação/Gabriel de Mello/Ulbra
Brasil

Guinness reconhece o RS como local que abrigou os dinossauros mais antigos do mundo

Na Formação de Santa Maria foram encontradas rochas contendo fósseis de 233,3 milhões de anos

Fabio Previdelli Publicado em 10/08/2021, às 11h16

Na tarde da última quinta-feira, 5, o Guinness World Records assentiu que a região onde hoje se compreende a Região Central do Rio Grande do Sul pode ter sido a casa dos dinossauros mais antigos do mundo. As informações são do G1. 

O livro dos recordes afirmou que, apesar de não ser possível identificar a idade exata dos fósseis, é possível ter uma ideia com base nas rochas onde eles foram encontrados, como os cristais de zircão localizados no sítio arqueológico de Santa Maria, que são datados de 233,2 milhões de anos atrás.  

Na Formação de Santa Maria foram encontrados restos de Nhandumirim waldsangae, Bagualosaurus agudoensis, Saturnalia tupiniquim, entre outros — todos pequenos bípedes herbívoros. 

Reprodução do Buriolestes schultzi/ Crédito: Divulgação/Ilustração/Márcio L. Castro

 

Como explica matéria do G1, a publicação no Guinness só aconteceu após um grupo de pesquisadores e divulgadores científicos do Rio Grande do Sul encaminhar uma petição ao escritório do Livro dos Recordes.  

"Fizemos uma defesa explicitando quais as razões que levariam os dinossauros da Formação Santa Maria a serem os mais antigos do mundo, os primeiros dinossauros", disse ao G1 o professor Sérgio Cabreira, que trabalhou nas expedições que localizaram os fósseis.  

Conforme explica Cabreira, o material encaminhado ao Guinness foi analisado por paleontólogos da publicação, que reconheceram a datação como as mais antigas em relação aos dinossauros triássicos encontrados em outras regiões. 

"Como nossos dinossauros são encontrados dentro desses pacotes de rocha, então eles são os mais antigos do mundo. É uma mensuração, mas ela é feita através de métodos científicos, muito modernos, com diversos tipos de equipamentos acurados", conta Sérgio

"Isso abre uma janela importante na questão da divulgação da região, de toda a nossa macrorregião. Abre importantes perspectivas de turismo de outros eventos culturais e acadêmicos relacionados com a paleontologia brasileira", completa. 

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