Esqueleto encontrado em meio a diversas rochas - Crédito: INRAP
Arqueologia

Esqueleto encontrado em túmulo decorado na França intriga arqueólogos

Rodeado de pedras e monólitos, fóssil foi encontrado acidentalmente em obra de auto-estrada

Vinícius Buono Publicado em 29/08/2019, às 13h00 - Atualizado às 15h00

Um esqueleto encontrado na região central da França intrigou os arqueólogos. Durante a obra de ampliação de uma auto estrada, trabalhadores encontraram o fóssil num túmulo cercado por muitas pedras, algumas delas de pé e dispostas na forma de ferradura. O Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (INRAP) foi acionado. 

Coincidentemente, o lugar também era utilizado como estrada na Idade da Pedra. O estudo inicial apontou cerca de 30 toneladas de pedra que foram usadas na construção do decorado túmulo e que, os monólitos que estão ou estavam de pé datam de seis mil anos atrás. Segundo os pesquisadores, provavelmente o esqueleto estava em algum tipo de caixão de madeira que não sobreviveu ao tempo. 

Os cientistas ainda não conseguiram esclarecer a que época pertencia o esqueleto, nem seu descanso final ostensivamente decorado, já que muitas das pedras parecem ter sido trazidas posteriormente. Outras, usadas na decoração do túmulo como forma de deixá-lo elevado, foram removidas.

Local da descoberta / Crédito: INRAP

 

Acredita-se que as rochas dispostas no lugar fariam parte de algum tipo de ritual ou cerimônia ordenada por um líder, ou pela comunidade como um todo. Alguns dos monólitos foram derrubados deliberadamente, mas ainda não se sabe se por povos que vieram depois ou, simplesmente, por uma mudança de cultura naquela própria comunidade. 

Uma rocha se destoa das outras por ser feita de calcário, enquanto as demais são de basalto. Nela, também, contém a gravura de um ser humano, com cabeça, ombros e dois pequenos seios. Ainda não se sabe se ela tem a ver com o esqueleto ali enterrado.

O jeito como essas grandes rochas se encontravam dispostas lembra as de Carnac, local no oeste do país, famoso por suas inúmeras pedras alinhadas há aproximadamente quatro mil anos. 

Os cientistas do INRAP continuarão com as pesquisas na esperança de encontrarem mais informações tanto sobre o esqueleto quanto sobre a história antiga da França.

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