Imagem meramente ilustrativa de tubarão - Wikimedia Commons
Crimes

Ibama acusa seis pessoas por maus tratos contra tubarão no Ceará

O caso aconteceu na praia do Balbino, em Cascavel, e os suspeitos foram autuados pela captura, tortura e morte do animal

Pamela Malva Publicado em 17/03/2021, às 11h00

No último domingo, 14, banhistas da praia do Balbino, em Cascavel, no Ceará, ficaram surpresos ao encontrar um tubarão na areia. O problema é que, segundo o UOL, o animal não chegou lá sozinho: ele foi capturado e torturado pelas pessoas.

Tudo começou quando um grupo de pessoas percebeu a aproximação do tubarão na água e decidiu retirá-lo do mar. Uma vez na areia, o animal foi alvo de chutes e ainda foi rendido por pedaços de madeira, que foram introduzidos em sua boca.

Fora d’água e vítima de uma sessão de tortura, o tubarão não sobreviveu. Já sem vida, ele foi amarrado em um buggy, que o arrastou pela areia até uma área mais distante. No local, o mesmo grupo de pessoas retalhou o animal e o dividiu em várias partes.

Segundo o tatuador Inocêncio Firmino, que visitava a praia com a família, “as cenas foram impressionantes”. Passado o susto de ver um tubarão de perto, ele explicou que sua esposa teve de retirar as crianças de perto. “Aquele povo todo em cima do bicho, batendo e cutucando. Uma coisa muito triste”, narrou, em entrevista ao UOL.

Imagens da captura do tubarão, no Ceará / Crédito: Divulgação/Youtube

 

Ao fim do episódio, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foi acionado e conseguiu identificar seis pessoas envolvidas no caso, com a ajuda de vídeos que viralizaram nas redes sociais. Assim, os acusados foram autuadas pela captura, tortura e morte do tubarão.

Intimados pela Delegacia de Crimes Ambientais do Ceará, os suspeitos devem responder por maus-tratos e, segundo o Ibama, podem pagar até R$ 4,3 mil em multas. Caso sejam condenados por crime ambiental, contudo, os acusados, cuja identidade não foi revelada, podem receber uma sentença de três meses a um ano de prisão.

"Se não punir esse tipo de comportamento, vira corriqueiro”, lamentou o tatuador Inocêncio Firmino. “A gente tem que respeitar os animais. Todos eles têm uma função no ecossistema. O tubarão não saiu na areia perseguindo ninguém", finalizou.

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