A poeira cósmica detectada pelo telescópio - Reprodução / NASA
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Imagem do Hubble revela poeira cósmica em galáxia a 60 milhões de anos-luz

A nova foto do telescópio é uma das mais detalhadas até hoje, revelando estruturas muito complexas de poeira espacial; saiba mais!

Isabelly de Lima Publicado em 20/05/2024, às 11h01

A nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble revela a galáxia lenticular NGC 4753, caracterizada por sua forma elíptica e braços espirais pouco definidos. Divulgada pela NASA na última sexta-feira, 17, a foto é uma das mais detalhadas já obtidas pelo telescópio, destacando sua capacidade de revelar estruturas complexas de poeira.

Descoberta em 1784 pelo astrônomo William Herschel, a NGC 4753 está situada na Constelação de Virgem, a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra. Esta galáxia é parte do grupo Nuvem II de Virgem, que inclui cerca de 100 galáxias e aglomerados de galáxias.

Acredita-se que a NGC 4753 seja o resultado de uma fusão galáctica com uma estrela anã ocorrida há cerca de 1,3 bilhões de anos. As faixas de poeira cósmica ao redor de seu núcleo provavelmente se originaram desse evento.

Segundo a NASA, astrônomos sugerem que a maior parte da massa da galáxia está contida em um halo esférico e achatado de matéria escura, chamada assim porque não pode ser observada diretamente. A matéria escura não interage com o campo eletromagnético, portanto, não emite, reflete ou refrata luz. Sua presença é detectada apenas através de sua influência gravitacional sobre a matéria visível, a chamada matéria normal.

Alta significância

A NGC 4753 é cientificamente significativa devido ao seu ambiente de baixa densidade e estrutura complexa, sendo um objeto valioso para testar diversas teorias acerca da formação de galáxias lenticulares, de acordo com a Galileu.

Além disso, a galáxia já abrigou duas supernovas do tipo Ia, que são cruciais para o estudo da taxa de expansão do universo. Essas supernovas resultam da explosão de anãs brancas, atingindo uma luminosidade que é 5 bilhões de vezes mais intensa que a do Sol.

Medindo a iluminação desses eventos e comparando-a com sua iluminação aparente, astrônomos podem utilizá-las para calcular distâncias cósmicas, ajudando a determinar como o universo tem se expandido através do tempo.

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