Máscara olmeca conhecida como 'portal para o submundo' - Manhattan District Attorney's Office
Máscara olmeca

Máscara olmeca, conhecida como 'portal para o submundo', é devolvida ao México

Roubada nos anos 1960, Máscara da Caverna Olmeca foi quebrada em vários pedaços por contrabandistas e retrata o deus jaguar Tepeyollotlicuhti

Fabio Previdelli Publicado em 19/06/2024, às 11h17

Roubado do sítio arqueológico de Chalcatzingo, nas Terras Altas Centrais do México, na década de 1960, um antigo "portal para o submundo" — uma máscara que representa o deus olmeca jaguar Tepeyollotlicuhti — retornou à sua casa em julho. 

+ Máscara de 9 mil anos do período Neolítico é revelada por museu

A peça volta após ter sido apreendida e passar por uma investigação que começou em maio do ano passado; que deixou os arqueólogos perplexos, conforme repercute matéria do NY Post. 

O artefato mexicano, chamado de 'Máscara da Caverna Olmeca', foi roubado por contrabandistas e quebrado em vários pedaços; que circularam por diversas coleções e museus antes que todas as partes fossem reunidas, juntadas e restauradas. 

"Esta peça incrível e antiga é uma rara janela para o passado da sociedade olmeca", classificou o promotor distrital de Nova York, Alvin Bragg, em um comunicado à imprensa na época da descoberta do artefato. 

Como muitas outras antiguidades saqueadas, a Máscara da Caverna Olmeca foi quebrada em vários pedaços diferentes para simplificar o processo de contrabando", explicou.

A 'Máscara da Caverna Olmeca' foi criada entre os anos de 800 e 400 a.C., pelos olmecas mexicanos — uma das primeiras grandes civilizações da América do Norte. O artefato retrata o deus jaguar Tepeyollotlicuhti.

"[O deus é] retratado como um felino com grandes olhos ovais, narinas dilatadas e boca aberta", descreve o comunicado de imprensa do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH). 

Representando a passagem para o outro mundo, a enorme máscara da caverna olmeca guardava a entrada de uma caverna cerimonial no sítio arqueológico Chalcatzingo, México", continua a nota. 

A análise

Em maio, o INAH anunciou que o exame da peça estava chegando ao fim. O artefato "voltará no melhor estado de conservação possível para sua casa, Jantetelco, em Morelos", completou o Instituto.

Após um trabalho exaustivo, para limpar a máscara e remover a poeira do antigo artefato, os pesquisadores descobriram que algumas de suas partes datavam de 2.700 anos, enquanto outras eram mais modernas.

"Alguns elementos que o compõem são originais, mas outros, como uma estrutura metálica fixada em parafusos, reforços de cimento e substituições de elementos faltantes e moldados, foram acrescentados para lhe voltar a dar estabilidade, embora as técnicas e materiais não fossem os mais adequados", explicou o comunicado. "Observamos isso por meio de raios-x, mas com leitura parcial, visto que os raios-x não penetram o suficiente devido à composição e estrutura da pedra".

A escultura, conhecida como 'Portal para o Submundo' pelo povo do México, vem da civilização olmeca — considerada a 'cultura mãe' de muitas outras culturas que apareceram na região em anos posteriores, como a maia e a zapoteca, explicou Ivan Arvelo, agente especial de Nova York encarregado das Investigações de Segurança Interna.

Arvelo disse que os olmecas foram uma das civilizações antigas mais influentes das Américas primitivas, então o significado histórico e cultural desta escultura é "incomparável".

Os investigadores descobriram que após o seu desaparecimento inicial, a máscara foi emprestada a vários museus, incluindo o renomado Metropolitan Museum of Art (o MET, de Nova York), e mais recentemente vendida a um colecionador particular.

México notícias artefato máscara Tepeyollotlicuhti Máscara da Caverna Olmeca portal para o submundo omelca

Leia também

Brasileiro faz viagem de 14 mil km para não deixar carro de meio milhão


Especialista acredita que Kate Middleton pode fazer nova aparição


Morre aos 103 anos ex-combatente que lutou na Itália na Segunda Guerra


Após engano, jovem recebe pix de R$ 100 mil e devolve


Mary Austin: Ex-namorada de Freddie Mercury pode receber milhões após acordo


STF tem maioria para condenar vândalo que quebrou relógio histórico de Dom João VI